O candidato a prefeito de São Paulo Pablo Marçal (PRTB), que já foi preso e condenado por golpes bancários, foi solto da cadeia após delatar comparsas à Polícia Federal (PF), segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo veiculada nesta segunda-feira (26). Dois desses "parceiros", diz a reportagem, estariam na época morando em Cuiabá, de "onde continuariam operando seu 'esquema'".
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As informações constam do processo a respeito da prisão de Marçal, ocorrida em 2005 e da condenação dele pela Justiça em 2010. De acordo com as investigações, o autodenominado ex-coach tinha conhecimento de todo o esquema e atuava selecionando endereços de emails de possíveis vítimas que seriam lesadas.
A Folha cita que o pedido de soltura de Marçal se deu no dia 2 de setembro de 2005, logo após ele colaborar com informações a respeito de outros envolvidos no esquema. O documento, segundo a reportagem, dizia que, "pelo acima exposto, não se faz mais necessária a manutenção de sua prisão temporária".
“Um dos trechos desse despacho afirma que ele "repassou várias informações a respeito de vários envolvidos com o esquema de fraudes via internet", citando que dois dos suspeitos estariam morando em Cuiabá, "onde continuariam operando seu 'esquema'", diz trecho da reportagem.
No seu depoimento, Marçal afirmou que recebia R$ 350 (que corresponde a R$ 1.000 em valores reajustados) para executar o serviço para um homem identificado como Danilo, que seria o chefe da quadrilha. O serviço consistia em em captar emails para o grupo criminoso pela chamada técnica de phishing, que tem como objetivo roubar dados pessoais ou instalar um software malicioso no aparelho da vítima.
Pablo Marçal foi condenado em 2010. No entanto, ele teve a pena extinta em 2018 por prescrição retroativa - que ocorre entre a publicação da sentença condenatória recorrível e o recebimento da denúncia ou queixa.
(Com informações da Folha de S. Paulo)