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Quinta-feira, 14 de novembro de 2024

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Lucas Beber detona Marina Silva e decreto que endurece penalidades para incêndios: "não está preocupada com o meio ambiente"

Foto: Reprodução/PodOlhar

Lucas Beber detona Marina Silva e decreto que endurece penalidades para incêndios:
O presidente da Aprosoja-MT, Lucas Costa Beber, fez duras críticas à ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, durante entrevista ao videocast PodOlhar. Beber, que é investigado por suspeita de financiar os atos golpistas de 8 de janeiro, condenou o decreto nº 12.189, de 20 de setembro de 2024, que intensifica as penalidades para incêndios florestais no Brasil. Segundo ele, o governo federal, em especial a ministra Marina, “joga contra” os produtores rurais e não atuou de forma eficaz no combate aos incêndios durante uma das piores secas dos últimos anos.


ASSISTA A ÍNTEGRA DO PODOLHAR COM O PRESIDENTE DA APROSOJA-MT, LUCAS COSTA BEBER:



O decreto prevê multas rigorosas para quem iniciar incêndios em áreas de vegetação nativa, com valores de R$ 10 mil por hectare ou fração, e estabelece uma série de punições adicionais. Em áreas de florestas cultivadas, a multa será de R$ 5 mil por hectare. Propriedades que não adotarem medidas de prevenção ou combate a incêndios, conforme orientações do Comitê Nacional de Manejo Integrado do Fogo e dos órgãos ambientais, poderão ser multadas em até R$ 10 milhões. A regulamentação também aumenta as multas para uso não autorizado de fogo em áreas agropastoris, elevando de R$ 1 mil para R$ 3 mil por hectare.

Beber criticou a ministra por, segundo ele, não ter visitado Mato Grosso e não ter reconhecido os esforços dos produtores rurais no combate aos incêndios. “Nós, produtores, somos os primeiros a apagar incêndios com caminhão-pipa, com trator. Muitas vezes, o fogo consome o nosso patrimônio, queima a palhada do plantio direto. Mas a ministra joga essa conta no produtor e não toma nenhuma ação efetiva sobre isso. Em vez disso, destina mais de R$ 300 milhões para ONGs, enquanto usou apenas R$ 111 milhões para o controle de queimadas”, disparou.

Além das críticas ao decreto e à atuação de Marina Silva, Beber também comentou sobre as dificuldades enfrentadas pelo agronegócio com o atual governo. Ele citou o encontro entre o presidente Lula e o presidente francês Emmanuel Macron, que, segundo ele, reforça “falsas narrativas” contra o setor agrícola brasileiro. Beber também lamentou a oposição ao projeto da Ferrogrão, que, em sua visão, seria um grande avanço logístico para Mato Grosso e o Brasil.

“O governo deveria estar focado em melhorar nossa imagem e abrir mercados, mas parece que trabalha contra o desenvolvimento do país. Cada vez mais, somos atacados por narrativas que não refletem a realidade de quem produz”, afirmou Beber.

O novo decreto também prevê agravamento das penalidades em áreas indígenas e eleva o valor máximo das multas por descumprimento de embargo ambiental ou suspensão de atividades para até R$ 10 milhões, além de permitir o embargo preventivo de áreas ilegalmente queimadas. A comercialização, transporte ou armazenamento de espécies animais ou vegetais sem autorização resultará em multas entre R$ 100,00 e R$ 1 mil por quilograma ou unidade correspondente.

Para Beber, o decreto ignora o papel dos produtores na preservação e desestimula o desenvolvimento do setor agrícola, ao mesmo tempo em que não combate efetivamente os problemas ambientais. “É inconcebível. Eles falam em acabar com as queimadas, mas não conhecem a realidade no campo. Nunca vi um artista pegar um balde de água para apagar o fogo, mas são rápidos em aparecer na TV criticando o produtor rural”, concluiu.
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