A vereadora reeleita Maysa Leão (Republicanos) afirmou nesta terça-feira (5) que seguirá a decisão de seu grupo político na eleição para a Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá, marcada para o dia 1º de janeiro de 2025. Maysa destacou que não se opõe a uma chapa composta exclusivamente pelas oito vereadoras eleitas e reeleitas, mas ressalta que essa composição não pode ser resultado de imposição externa.
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Segundo Maysa, o "núcleo duro" de seu grupo é formado pelos vereadores Demilson Nogueira (PP), Dilemário Alencar (União), Sargento Joelson (PSB), Eduardo Magalhães (PSD) e Daniel Monteiro (Republicanos). Eles têm mantido diálogo com outros parlamentares para consolidar uma chapa que conte com, no mínimo, 14 votos, número necessário para garantir a vitória. Caso necessário, Maysa disse estar disposta a abrir mão da candidatura à presidência em prol da unidade do grupo.
A chapa composta exclusivamente por mulheres é apoiada pelo prefeito Abilio Brunini (PL). Contudo, Brunini, apesar de contar com a participação de sua esposa, Samantha Iris (PL), entre as vereadoras eleitas, teria preferência por Paula Calil (PL), irmã do deputado estadual Faissal Calil (Cidadania), um de seus principais aliados durante a campanha.
Em declarações à imprensa, Maysa detalhou que teve reuniões com o prefeito para discutir o papel da Câmara e enfatizou seu compromisso com uma gestão independente no Parlamento, ressaltando que a Casa não deve atuar nem como oposição automática nem como uma extensão do Executivo. Para Maysa, o objetivo principal é reconstruir a imagem da Câmara Municipal junto à população cuiabana.
"Esse Parlamento é visto pela sociedade como a 'Casa dos Horrores'. Muitos eleitores dizem que, se a Câmara não existisse, seria melhor. Queremos resgatar a dignidade do Parlamento", afirmou.
A vereadora também expressou o desejo de ver uma mesa composta apenas por mulheres, mas reforçou a necessidade de diálogo entre as parlamentares. "Seria um projeto maravilhoso ter uma Mesa 100% feminina em Cuiabá. Mas para isso, as oito vereadoras precisam se reunir e debater. Meu grupo não é contra essa possibilidade, desde que seja um processo discutido e não algo imposto de fora para dentro".
"E eu gostaria muito que a gente fizesse uma reunião com as oito mulheres, com este núcleo duro, para a gente viabilizar a Câmara dentro da Câmara. A Câmara não pode ser viabilizada pela Assembleia, a Câmara não pode ser viabilizada pelo prefeito, a Câmara tem que ser viabilizada pela Câmara", completou.
Maysa ressaltou que ainda não houve um encontro com todas as vereadoras eleitas, embora ela já tenha conversado individualmente com algumas.