O prefeito eleito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), disse que cogita pedir proteção policial depois de ter denunciado que a facção criminosa Comando Vermelho (CVMT) estaria interferindo financeiramente na eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal biênio (2025-2026). Aos jornalistas, o futuro prefeito “prometeu” pensar na ideia.
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“Não [havia pensado sobre pedir proteção policial]. Mas eu vou pensar. Obrigado pela sugestão. Não cheguei a pensar nisso”, disse Abílio a um repórter, na manhã desta sexta-feira (8), durante evento do governo do Estado.
Depois de denunciar a suposta interferência, na quarta-feira (6), Abílio acrescentou que as informações que chegaram até ele dão conta que cada voto no pleito custaria o valor de R$ 200 mil e que o recurso saíria dos “cofres” do grupo criminoso. O governador Mauro Mendes (União) disse que determinou ao secretário de Segurança Pública, César Roveri, para que ouça o novo prefeito sobre as queixas.
Abílio inclusive disse que já conversou com parlamentares cuiabanos e que os vereadores já têm conhecimento dessa interferência. Entretanto, nenhum integrante da Câmara Municipal informou ter ciência do caso.
“Eu conversei com alguns vereadores e eles estão cientes de tudo isso e a gente vai aguardar o prosseguimento desse procedimento. Eu já busquei orientações, já fiz a minha parte. Entendam! Expor essa situação até me protege fisicamente de toda essa situação. A informação está pública e isso já me protege”, completou o prefeito.