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Sábado, 14 de dezembro de 2024

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VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Técnico em radiologia agride companheira em MT; vítima busca ajuda da primeira-dama Virginia Mendes

Foto: Reprodução

Técnico em radiologia agride companheira em MT; vítima busca ajuda da primeira-dama Virginia Mendes
O técnico em radiologia Jabson Gomes Tito, de 43 anos, agrediu sua companheira, a biomédica F.F.B., de 31 anos, após uma crise de ciúmes na madrugada deste domingo (10), em Lucas do Rio Verde (354 km de Cuiabá), segundo informações do boletim de ocorrência. A vítima teve lesões no corpo, no rosto e na região do olho.


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Segundo informações apuradas pela reportagem, a confusão começou no apartamento em que o casal mora no bairro Jardim Europa, após retornarem da casa de amigos onde consumiram bebida alcoólica. Após a discussão, o suspeito teria agredido a companheira.

Em seguida, a mulher pegou a moto e saiu. Uma amiga da vítima, que mora em Cuiabá e preferiu não se identificar, contou que o suspeito ficou em casa após a briga e a mulher denunciou o caso à polícia, mas que as autoridades não se importaram com a denúncia.  

“O guarda municipal pediu para seguir a vida dela. Depois que  a gente pediu ajuda do estado, a polícia foi lá e deu atenção para ela”, disse. 

De acordo com a amiga da vítima, o caso só teve importância após elas pedirem ajuda à delegacia da mulher de Cuiabá e à primeira-dama Virginia Mendes, que, segundo ela, disse que iria tentar intervir de alguma forma. 

“Procuramos ela [Virginia] para pedir apoio e ela falou que ia pedir para uma equipe entrar em contato com a minha amiga para ver alguma forma de ajudar”, contou. 

Nesta segunda-feira, a amiga da biomédica informou que a Justiça concedeu uma liminar de medida protetiva em favor da vítima. Além disso, a polícia foi  até o apartamento do casal e, com uma ordem judicial, ordenou que o homem se retirasse do local e . Durante esse período, a mulher esteve hospedada em um hotel.

“A Polícia só deu importância depois que acionamento a delegada daqui de Cuiabá. Eles tinham que acompanhar ela para fazer exame de delito no dia, mas levaram só hoje”, observou. Os dois trabalham no Hospital São Lucas, que é particular.  

Uma advogada, que é amiga do suspeito, chegou a mandar mensagem para a vítima dizendo que o agressor estava na mídia e que seria difícil para ele “se reerguer por conta da repercussão do caso”, segundo revelou a colega da mulher, que contou ainda que a família do rapaz tem investido na tentativa de coagir a vítima a retirar o registro de violência doméstica feito na polícia.

Os familiares da vítima residem no Paraná. A amiga afirmou que convidou a mulher para mudar para Cuiabá e tentar reiniciar a vida na Capital. No entanto, disse que ela tem enfrentado dificuldades financeiras devido a mudanças e também do desligamento do atual emprego. 

Outro lado

Confita abaixo o posicionamento da Guarda Civil Municipal (GCM) de Lucas de Rio Verde:

A reportagem relata uma suposta fala de um membro da Guarda Civil Municipal (GCM) que teria sugerido que a vítima de violência doméstica "seguir a vida dela", algo que não condiz com o  atendimento da corporação. Importante destacar que o trabalho da GCM é, acima de tudo, acolher e apoiar as vítimas. Em situações de violência doméstica, o atendimento da Guarda Civil Municipal busca sempre prestar assistência qualificada, oferecendo suporte imediato durante o registro da primeira denúncia e, o que foi realizado nesse caso, e posteriormente, no acompanhamento contínuo pela Patrulha Maria da Penha. Esse acompanhamento visa proteger e orientar a vítima, garantindo sua segurança e promovendo sua autonomia. É fundamental reconhecer o empenho dos agentes da GCM em construir um ambiente de confiança, onde a vítima possa ser ouvida e encorajada a tomar as medidas necessárias para romper com o ciclo de violência, sempre respeitando seus tempos e decisões.

Ao Olhar Direto, a Guarda Civil Municipal (GCM) de Lucas de Rio Verde negou que tenha dito à vítima para "seguir a vida".

Conforme o boletim de ocorrência da GCM, a vítima foi encontrada em estado de choque e sem condições de pilotar sua motocicleta após relatar ter sido vítima de violência doméstica e encaminhada à Polícia Civil para registrar boletim de ocorrência.

Com a palavra, a vítima agredida.

Em nota, a mulher vitima de agressão disse que a família do suspeito em nenhum momento tentou coagi-lá a nada. “Muito pelo contrário, me perguntava como eu estava, se eu precisava de algo, que eu era uma pessoa boa e me acolhendo também”. 

Disse ainda que sua amiga advogada citada na matéria também não se envolveu e até ficou chateada com o filme de terror porque ela conhecia e convivia com os dois. “Ela ficava muito preocupada comigo, até queria que eu fosse no oftalmologista pra ver como estava meu olho, para confirmar se não era nada grave mesmo (assim como eu dizia para ela, que meu olho não era nada de mas), ela até pediu minha autorização para poder auxiliar nos dois de alguma forma (ele ou eu), e eu disse que não teria problema, então ou seja, era uma coisa bem chata, mas era uma coisa só entre eu e ele, e jamais envolver família dele, e nem nossa amiga, e muito menos o hospital que nos dois trabalhamos”. 

 
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