O prefeito eleito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), afirmou nesta quinta-feira (12) que não vê sentido na decretação de nova intervenção na saúde municipal nos últimos 19 dias da gestão de Emanuel Pinheiro (MDB). Durante vistoria ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), ao lado da futura secretária de Saúde, Lúcia Helena Barboza Sampaio, Abilio indicou que pode sugerir ao Tribunal de Justiça autorização para nomear sua equipe antes da posse, marcada para 1º de janeiro.

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A vistoria ocorreu após decisão do desembargador Orlando Perri, que ordenou inspeções in loco no HMC e no Hospital São Benedito diante de denúncias sobre graves falhas nos serviços de saúde pública. Relatórios apresentados por autoridades estaduais e municipais apontaram superlotação e dificuldades financeiras, com demandas mensais que chegam a R$ 30 milhões, mas recursos insuficientes para atender à demanda, gerando atrasos em pagamentos e ameaças de paralisação.

Abílio sugeriu que a intervenção fosse voltada para uma "antecipação da gestão do próximo prefeito". Ele defendeu que sua equipe assumisse as responsabilidades ainda em dezembro, permitindo ações imediatas. “Não faz sentido montar uma nova equipe para atuar por 10 ou 15 dias. O mais lógico seria que o Tribunal nos autorizasse a nomear as pessoas que vão compor a minha gestão, dando celeridade às soluções”, argumentou.

O contexto também inclui uma audiência de conciliação convocada para 16 de dezembro no Tribunal de Justiça, com a participação de diversas autoridades, incluindo os prefeitos de Cuiabá e Várzea Grande e seus sucessores. A sessão visa debater propostas para superar a crise na saúde pública municipal.