A futura secretária municipal de Saúde de Cuiabá, Lúcia Helena, afirmou que uma das prioridades de sua gestão será otimizar o fluxo de pacientes nas unidades de saúde da capital, como o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). A declaração foi feita após uma visita ao HMC na tarde desta quinta-feira (12), acompanhada pelo prefeito eleito Abilio Brunini (PL).
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Durante a inspeção, Brunini criticou a atual gestão, liderada por Emanuel Pinheiro (MDB), ao apontar que pacientes com casos simples são mantidos na unidade sem necessidade. Segundo ele, essa prática teria como objetivo aumentar o repasse de diárias pelo Ministério da Saúde.
Lúcia Helena destacou a necessidade de reorganizar a gestão para reduzir a permanência desnecessária de pacientes nos hospitais. “Uma pessoa não pode ficar três dias no hospital aguardando apenas o risco cirúrgico. Isso precisa ser agilizado. Se o paciente precisa de um exame como um ecocardiograma, ele deve ser feito rapidamente, ou deve haver o especialista disponível na unidade para resolver a situação”, afirmou.
A futura secretária também citou problemas específicos enfrentados no HMC, como atrasos em avaliações pré-cirúrgicas e falta de exames imediatos na unidade. “Aqui no pronto-socorro, os especialistas fazem ambulatório e o risco cirúrgico, mas os exames não são realizados no local. Isso acaba prolongando a estadia do paciente. Esse fluxo precisa ser melhorado”, declarou.
Nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Lúcia Helena apontou que a situação é ainda mais crítica. “O paciente deveria ficar, no máximo, 24 horas na UPA, mas acaba permanecendo por sete ou oito dias por falta de retaguarda nas demais unidades. Nós vamos priorizar a saída rápida dos pacientes dessas unidades”, explicou.
A futura gestão planeja também ampliar o atendimento nas unidades básicas de saúde, de forma a absorver casos de menor gravidade, como cefaleias ou crises hipertensivas. “Queremos que as unidades atendam pequenos casos de urgência para desafogar as UPAs. Isso será feito logo no início da gestão”, afirmou.
Outro foco da nova administração será a informatização da rede de saúde, visando maior controle de consultas, prontuários e medicamentos. “A ideia é que o paciente tenha o prontuário no celular e que o médico consiga acessar todas as informações do paciente, como exames e histórico de consultas. Isso também nos ajudará a monitorar a distribuição de medicamentos”, explicou Lúcia Helena. A gestão também pretende implementar mecanismos de busca ativa para garantir que pacientes com condições crônicas mantenham o acompanhamento adequado.