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Domingo, 12 de janeiro de 2025

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PRESIDENTE DO CUIABÁ

Dresch assume responsabilidade pelo rebaixamento, mas afirma que preferiu a queda do que dívidas: "errei"

Foto: AssCom Dourado

Dresch assume responsabilidade pelo rebaixamento, mas afirma que preferiu a queda do que dívidas:
Presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch admitiu que tomou as decisões erradas que culminaram no rebaixamento do clube para a Série B do Brasileirão, após quatro temporadas na elite do futebol nacional. O cartola enfim falou sobre o pior desempenho do time desde o acesso, em 2021, e confirmou a responsabilidade da sua gestão para a queda.


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“Nosso rebaixamento não é por falta de dinheiro. Nosso rebaixamento, eu assumo a responsabilidade, foi da gestão que é minha. O Cuiabá tem dois donos, mas a gestão é minha, eu tomo as decisões e eu errei. Mas é óbvio que, tendo mais dinheiro, por exemplo, numa janela de transferências que a gente teve no meio do ano, qual foi a nossa postura? Tirar o pé para não contratar, talvez errar e chegar agora com um fluxo de caixa muito pior do que a gente tem hoje. A questão do caixa na janela de transferências, que a gente não tinha condições de trazer e investir em contratações. Eu acabei preferindo tirar o pé do acelerador nem que o clube caia, mas não vai cair endividado”, disse Cristiano.

Além desse impasse na gestão, o cartola também comentou a demora na definição de um treinador. Esse foi o primeiro baque sofrido pelo time que colaborou com o descenso. Com a saída de António Oliveira em fevereiro, para defender o Corinthians, quem comandou o elenco foi o auxiliar técnico Luís Fernando Iubel, que atuou como interino até o final de abril, quando decidiu se desligar após sofrer mais uma derrota na Série A.

Sob Iubel, o time jogou 21 vezes, venceu 12, empatou cinco e perdeu quatro. Ele assumiu o time ainda na quinta rodada da primeira fase do Campeonato Mato-grossense e sagrou-se campeão estadual - o primeiro título como treinador.

Quando do desligamento de Iubel, o time já vivia péssima fase no Brasileirão. Ocupava a lanterna e ostentava o pior início do campeonato: foram seis longas rodadas sem pontuar e sequer marcar gols. A primeira vitória foi contra o Criciúma, por 5 a 2, depois de dois meses do início dos pontos corridos.

Após a saída de Iubel, o Cuiabá se frustrou na tentativa de contratar o português João Pedro Souza. Com isso, outro luso, Petit, aceitou a missão. Petit, que foi ex-jogador da seleção portuguesa, chegou com contrato previsto até o final de 2025. O anuncio oficial do contrato foi dado no começo de maio, menos de uma semana depois de Dresch revelar os atritos entre direção e atletas.

No entanto, mais uma vez, as expectativas foram frustradas. Apesar da experiência como jogador e de ter se destacado no comando do Boavista, além de liderar o Tondela, Moreirense, Paços de Ferreira, Marítimo e Belenenses, Petit não tinha familiaridade com o futebol brasileiro, o Brasileirão e, menos ainda, o elenco auriverde.

A busca “relâmpago” por um novo técnico depois do naufrágio de Oliveira e Iubel refletiu diretamente na atuação do desconhecido Petit. Em menos de 4 meses no cargo, ele mesmo pediu demissão do Dourado, logo após sofrer goleada de 5 a 0 para o Palmeiras.

Ele alegou motivos pessoais e que não teria mais condições de ajudar o clube. Sob seu comando, foram 25 jogos, oito vitórias, oito empates e nove derrotas - 42,6% de aproveitamento dos pontos em disputa. Porém, quando da saída, o auriverde já estava atolado: era vice-lanterna e não vencia há oito rodadas, entre Brasileirão e Sula.

Para Dresch, essa indefinição foi crucial para o desempenho do time, e refletiu diretamente na eficiência dos jogadores em campo.

“Um clube como o Cuiabá é visto como um trampolim pelos atletas e treinadores. Pela primeira vez, a gente virou ano com um treinador. António Oliveira fez a melhor campanha do Cuiabá na Série A, mantivemos o técnico, fizemos um projeto de elenco desenhado em cima do trabalho do António Oliveira. No início de fevereiro, acabamos perdendo ele para o Corinthians. A reposição de um treinador foi o grande problema que eu tive, demorei muito para contratar um técnico, conseguimos contratar um treinador português novamente, Petit, que não se adaptou à rotina do futebol brasileiro. Foram casos inéditos que eu tive aqui, no mesmo ano, dois treinadores pediram demissão. Acredito muito que se o Petit tivesse continuado, a gente teria conseguido, mas isso são águas passadas”, completou.

A entrevista de Dresch foi concedida ao Podcast “Dinheiro em jogo”, do Globo Esporte.
 
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