Um detento, que está no raio 8 da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, escreveu uma carta de próprio punho relatando que a direção da unidade está impedindo que presidiários do espaço tenham acesso a direito essenciais na unidade. De acordo com eles, a direção não tem fornecido produtos de higiene básica e estão sem acesso à assistência médica, odontológica e psicológica. Eles solicitam maior frequência dos familiares. A Secretaria de Justiça (Sejus-MT) nega.
Leia também
Botelho diz que detentos reclamavam das marcas dos produtos cedidos pelo Estado: "Isso vai acabar"
Com receio de retaliação, o detento não se identificou na carta. De acordo com ele, todos os “colegas” da unidade concordam com os termos escritos por ele. O autor da carta também denuncia “coisas erradas” feitas por policiais penais.
“Isso não é regalia, mas sim o básico para que possamos ter o digno para sobreviver. Aqui existem várias coisas erradas por parte dos policiais penais desta unidade. Nós aqui devido a represálias não colocaremos nossos nomes”, diz trecho da carta.
Outra reclamação é de que os reclusos estão sem acesso a compras e que a entrada dos parentes com produtos de higiene não foi autorizada. Eles também alegam que seus familiares são “humilhados” ao entrarem no espaço e que estão há quase três meses sem cortar o cabelo.
Quando o autor cita que os detentos estão sem “compras”, está se referindo ao Mercadinho da PCE, que era tocada pela Associação dos Servidores da Penitenciária do Estado (Aspec). Entretanto, após a operação do Grupo de Atuação Especial contra ao Crime Organizado (Gaeco), no início de dezembro, o estabelecimento não está mais em funcionamento.
Outro lado
Confira abaixo o posicionamento da Sejus na íntegra:
NOTA
A Secretaria de Justiça (Sejus-MT) informa que as denúncias mencionadas não procedem e esclarece que todos os atendimentos e produtos oferecidos aos reeducandos são realizados regularmente, em conformidade com a Lei de Execução Penal, em todos os raios da Penitenciária Central do Estado (PCE). A Secretaria destaca, ainda, que não recebeu nenhuma reclamação formal por parte dos reeducandos.
