O deputado federal Coronel Assis (União) manifestou-se contrário à adoção de câmeras corporais em uniformes de policiais e outras medidas mais rígidas para prevenir a violência policial. Em participação no PodOlhar, o parlamentar afirmou que a polícia não tem “nada a esconder” e argumentou que casos de desvios de conduta são exceções, que já são investigadas e punidas adequadamente.
ASSISTA A ÍNTEGRA DO PODOLHAR COM O DEPUTADO FEDERAL CORONEL ASSIS:
Durante a entrevista, Assis mencionou episódios recentes de violência policial, como o caso de dois agentes afastados em Rondonópolis (MT) após agredirem um casal durante uma abordagem, e afirmou que esses casos estão sendo tratados pelas autoridades. “Eu vi. Com certeza vão ser punidos. Não tem a dúvida disso. São casos que existem. Não tem como”, disse. Contudo, o deputado criticou a generalização de condutas isoladas, alegando que a maioria dos profissionais age corretamente.
Sobre o uso de câmeras em fardas, o parlamentar destacou que não há comprovação de que a tecnologia impacte de maneira significativa a redução da criminalidade. “Não existe um estudo a nível de mundo que comprove que o camarada usando uma câmera no seu uniforme vai diminuir os índices de criminalidade numa determinada região”, afirmou. Ele também questionou a viabilidade técnica da medida, citando a falta de uniformidade nos padrões de equipamentos utilizados pelos estados.
Para Assis, a discussão sobre o uso de câmeras deve ser ampliada para incluir questões mais amplas, como as condições de trabalho das polícias e o combate à criminalidade. “Não podemos discutir só isso. Temos que discutir tudo, toda a questão técnica, a questão ideológica, a questão do que vai ser, o que não vai ser”, defendeu.
Ao ser questionado sobre casos de abuso que poderiam ser evitados com câmeras, como o episódio em São Paulo, onde um policial empurrou um homem de uma ponte, Assis afirmou que a tecnologia não impediria tais ações. “Se o cara quiser, faz”, argumentou.
O deputado reforçou que as forças de segurança possuem corregedorias fortes e atuantes, além de um índice reduzido de desvios de conduta. Ele criticou o que chamou de “narrativa” para enfraquecer a atuação policial e destacou que a maioria dos agentes age dentro das normas estabelecidas. “A grande maioria esmagadora é extremamente punida e penalizada”, concluiu.
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