Mais dois corpos dos 11 encontrados em um cemitério clandestino em Lucas do Rio Verde (343 km de Cuiabá) foram identificados. Com os novos nomes, o número de vítimas confirmadas chega a três.
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Politec identifica primeira vítima enterrada em cemitério clandestino em Lucas do Rio Verde
Conforme apurado pela reportagem, as duas novas vítimas foram identificadas como o venezuelano Andris David Mattey Nadales, de 19 anos e Wilner Alex de Oliveira Silva, 29. Rafael Pereira de Souza foi o primeiro a ser confirmado.
Como noticiado pelo Olhar Direto, local foi indicado por um suspeito que foi preso durante um confronto com a Polícia Militar, nesta sexta-feira (10). Servidores das unidades da Politec de Sorriso, Nova Mutum, e Lucas do Rio Verde se mobilizaram para as perícias de localização de cadáveres enterrados na área.
Foram encontradas dez covas, onde estavam cinco ossadas e seis corpos, totalizando 11 vítimas. Parte dos corpos estava em processo de esqueletização. Uma vítima foi encontrada em estado de putrefação, o que indica que foi um homicídio recente.
As equipes acompanharam as forças de segurança na abertura das covas e remoção dos corpos para a perícia de local de encontro de cadáveres. Os restos mortais encontrados serão enviados para as unidades de Medicina Legal do interior e da capital, para exames antropológicos e de necropsia, e para a identificação técnica das vítimas.
O IML realizará uma triagem para avaliar o grau de decomposição e o método mais adequado para a obtenção das identidades das vítimas, sejam elas por papiloscopia, odontologia legal ou DNA.
Identificação Técnica
A Politec orienta aos familiares de pessoas desaparecidas em Lucas do Rio Verde e região para que compareçam em uma das unidades de Medicina Legal do Estado para a coleta de material genético para o confronto genético com as amostras biológicas das vítimas encontradas no cemitério clandestino do município.
Caso a pessoa desaparecida tenha realizado algum tratamento dentário, é aconselhável que a família obtenha com os dentistas o prontuário odontológico da vítima, especialmente exames de imagem (radiografias e tomografias, por exemplo) e os forneçam ao IML.
Para a doação do material genético é necessário que o grau de parentesco dos familiares do desaparecido seja de grau ascendente (pai, mãe, filho, ou mais de um irmão).
A coleta é simples e indolor, com uma espécie de cotonete, que é passado na parte interna das bochechas da pessoa. Os materiais biológicos coletados serão processados e inseridos no Banco Nacional de Perfis Genéticos no laboratório forense da capital.
Caso seja identificado um possível parentesco com os dados de alguma pessoa falecida, os peritos informarão a unidade de Medicina Legal de Lucas do Rio Verde, que entrará em contato com os familiares para que sejam realizados os procedimentos legais de liberação da unidade.