O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), evitou entrar em polêmicas sobre o andamento das obras do Ônibus de Transporte Rápido (BRT). Questionado sobre o ritmo das intervenções e seus possíveis impactos, ele destacou que a condução do contrato é de responsabilidade do governo, no entanto, reconheceu que a crítica de Mauro Mendes (União) é contundente.
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“As obras do BRT têm que avançar, e o governador está certo em cobrar um ritmo mais acelerado. Contudo, é uma questão contratual entre o Governo do Estado e a empresa, e aí eu tenho pouca informação para poder opinar”, afirmou.
Abilio comentou que as intervenções das obras na região central não afetaram diretamente as áreas mais atingidas pelas chuvas que ocorreram no domingo (12), como os bairros São Mateus e Jardim do Dourado, mas reconheceu que há reflexos na região central.
“Onde passam as obras do BRT, temos poucas habitações em condições de vulnerabilidade. No entanto, toda aquela terra que sai do canteiro vai para as bocas de lobo, prejudicando a saída de águas pluviais. Isso traz prejuízos ambientais, como impactos no Córrego da Prainha e áreas próximas”, disse.
Polêmica
Nesta semana, o governador destacou que está acompanhando de perto o andamento das obras e que já realizou reuniões com a Secretaria de Infraestrutura para discutir o tema.
Mendes afirmou que o governo está "apertando e cobrando" o consórcio e que, caso não haja avanços nos próximos dez dias, medidas mais severas serão adotadas.
O Consórcio Construtor BRT Cuiabá, formado pelas empresas Nova Engevix Engenharia e Projetos S.A. e Heleno & Fonseca Construtécnica S.A., divulgou uma nota detalhando os fatores que têm atrasado a execução das obras do sistema de transporte.
De acordo com o consórcio, o atraso nas obras, originalmente previstas para conclusão em outubro de 2024, se deve a uma série de problemas técnicos, alterações no projeto, disputas políticas e dificuldades administrativas. Entre os pontos levantados, estão mudanças no trajeto, incompatibilidades no anteprojeto desenvolvido pelo Estado e atrasos na emissão de licenças ambientais.