O governador Mauro Mendes (UNIÃO) afirmou nesta segunda-feira (3) que o Consórcio BRT, responsável pelas obras do BRT em Cuiabá e Várzea Grande, tem agido com “infantilidade” ao usar a imprensa para mandar recados para o governo do Estado. Mendes, contudo, não revelou quais seriam os “recados” endereçados ao Palácio Paiaguás.
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Atualmente, governo e consórcio vivem em rota de colisão devido ao atraso na execução das obras tanto em Cuiabá quanto em Várzea Grande. O primeiro cronograma previa a finalização em 2024. Contudo, a nova data é estipulada para 2026.
Por conta dos atrasos, o governo tem estudado rompimento do contrato com o consórcio. Na última sexta-feira (31), a assessoria do governo do estado afirmou que o Poder Executivo Estadual e o Consórcio se reuniriam na segunda-feira (3).
Segundo Mendes, a resolução será tomada de forma técnica. "A questão contratual, vamos conduzir tecnicamente. Não vou debater com o consórcio, com todo respeito à imprensa, não vou debater com eles via imprensa. Nós vamos atuar tecnicamente para tomar decisões sérias e seguras para o bem de Mato Grosso, é isso que nós vamos fazer. Não posso debater com o consórcio, mandando recado como eles estão fazendo de maneira infantil pela imprensa”, disparou.
“O governo está trabalhando nisso já há algum tempo, com muita responsabilidade, porque é fácil para mim fazer as coisas e depois deixar a conta para o Estado pagar, perdendo uma ação na justiça daqui a 5, 10, 15 anos. Os procuradores estão debruçados nisso há 15 dias, os técnicos também, para que saia uma decisão madura e segura. É isso que nós estamos tentando fazer”, pontuou.
O Consórcio Construtor é formado pelas empresas Nova Engevix Engenharia e Projetos S.A., Heleno & Fonseca Construtécnica S.A. e Cittamobi Desenvolvimento em Tecnologia Ltda.
O consórcio apresentou proposta de R$ 468 milhões, o que representa um desconto de 2,59% em relação ao valor de referência da obra, que era de R$ 480,5 milhões.