A secretária municipal de Educação de Cuiabá, Solange Dias, foi convidada para participar da Comissão de Educação nesta quarta-feira (5), na Câmara Municipal. A gestora deve prestar esclarecimentos sobre três assuntos: o adiamento do início do ano letivo, a ausência da semana pedagógica e a proibição de celulares nas unidades da Capital.
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“Eu fiz um convite a ela para que na quarta-feira ela venha à Comissão de Educação para conversar sobre o início das aulas, ausência de semana pedagógica e a proibição do uso de celulares nas escolas públicas e privadas do Brasil. Ela me confirmou ontem pelo WhatsApp que viria e que se eventualmente tivesse algum problema ou tivesse algum imprevisto ela mandaria um representante para sanar essas dúvidas”, explicou o vereador Daniel Monteiro.
A Educação de Cuiabá passou a ser tema de forma mais incisiva depois que o prefeito Abilio Brunini (PL) anunciou que as aulas – marcadas para começar no dia 3 de fevereiro – iriam começar apenas no dia 10. Como justificativa, o gestor culpou a estrutura precária de algumas escolas do município.
A fundamentação, no entanto, não convenceu integrantes da comunidade escolar cuiabana, que argumentam que o atraso do ano letivo ocorreu por conta da demora da nomeação das equipes gestora.
“A nomeação dos gestores escolares – diretores, coordenadores e secretários – só adveio no dia 17 de janeiro. Portanto, 16, 17 dias antes do início das aulas. É um tempo muito curto. Quem faz lá na ponta, quem limpa a caixa d’água, quem corta o mato para a escola começar o ano letivo decentemente é a gestão escolar, porque a prefeitura não consegue chegar 170, 180 unidades. É uma descentralização que acontece por meio dos conselhos escolares”, detalhou Monteiro.
O parlamentar prometeu acompanhar o desenrolar do caso para tentar identificar o real adiamento das aulas, mas quer evitar leviandade.
“Se demora para nomear a equipe gestora, demora para compor o conselho escolar. Se demora para compor o conselho, demora para receber recurso. Eu entendo que nesse primeiro momento há uma culpa concorrente, mas eu preciso apurar para ver se de fato foi isso que aconteceu, não quero ser leviano, mas eu não posso isentar ninguém de responsabilidade. O atraso nas aulas é muito grave”, completou.