O prefeito Abilio Brunini (PL) afirmou nesta sexta-feira (07) que o vereador de oposição Jefferson Siqueira (PSD) precisa esclarecer a suposta destinação de recursos de emendas parlamentares a uma empresa ligada ao chefe de gabinete do próprio parlamentar na Câmara Municipal. A declaração foi dada em resposta às acusações de nepotismo feitas por Jefferson contra a gestão municipal.
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O vereador havia citado a nomeação de Adriana Almeida de Oliveira, esposa do vereador Cezinha Nascimento, na Secretaria de Saúde; Victoria Neves Botta, filha do vereador Dilemário Alencar, em cargo na administração municipal; além de Nelson Francisco Nascimento, irmão do vereador Cezinha Nascimento, e Nayra dos Santos Silva, filha de Marcrean Santos. Abilio confirmou a nomeação de Nelson, justificando que a indicação ocorreu devido ao trabalho prestado durante sua campanha eleitoral e não pelo parentesco com um vereador.
"Ele é especialista nisso. Se está acusando, provavelmente entende muito do assunto, porque o irmão dele foi nomeado duas vezes na Prefeitura, junto com Emanuel. Então acredito que ele está só esperneando porque algo está diferente agora", declarou Abilio.
O prefeito reforçou que as nomeações seguem a legislação vigente e negou qualquer irregularidade. "Agora, o fato do cara ser irmão do vereador eu não posso nomear? Me mostra na lei onde eu não posso nomear. A lei permite. Eu estou nomeando porque ele me ajudou muito e trabalhou junto comigo", disse.
Em contrapartida, Abilio apontou que Jefferson teria direcionado recursos públicos a uma empresa vinculada a seu chefe de gabinete. "Ele tem muito para explicar, inclusive sobre uma empresa ligada ao chefe de gabinete dele, que recebeu mais de R$ 2 milhões de reais em emendas parlamentares desde a Prefeitura. O próprio Jefferson mandou emenda para a empresa que o chefe de gabinete dele é presidente. Isso não pode", afirmou.
"Eu até vou encaminhar para a Paula Calil e falar: ‘olha, esse cara não pode continuar sendo chefe de gabinete, presidente do instituto e receber recursos públicos’. Isso não pode. A regra não permite", concluiu.