O secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União), afirmou que as obras do BRT serão concluídas dentro do mandato do governador Mauro Mendes (União), que se encerra em dezembro de 2026. A declaração foi feita nesta terça-feira (18), durante conversa com a imprensa, em meio ao impasse sobre a rescisão do contrato com o Consórcio Construtor BRT.
Leia também
Temer vê Mauro como liderança com influência na disputa presidencial, mas questiona antecipação do pleito
Garcia destacou que o governo ainda aguarda a defesa do consórcio sobre a decisão de encerramento do contrato. Segundo ele, a rescisão poderá ocorrer de forma consensual, permitindo que a mesma empresa conclua as obras já iniciadas na Avenida do CPA, em Cuiabá, e na Avenida da FEB, em Várzea Grande. Caso contrário, o governo poderá romper unilateralmente o contrato.
"Tenho uma reunião com eles hoje, mas ainda estão no prazo concedido pelo governo. Será um término amigável, em que a gente encontre uma solução para continuar a obra enquanto o Estado busca outro tipo de contratação, ou será um término unilateral por parte do governo", explicou Garcia.
O secretário enfatizou que, independentemente do modelo de rescisão, o governo buscará garantir a continuidade das obras. "O governo não tem estrutura para tocar essa obra, vai ser uma contratação, em que vamos nos reunir com a Assembleia e Tribunal de Contas para definirmos qual a melhor modalidade de contratação emergencial", disse.
A possibilidade de judicialização do contrato também foi mencionada. Garcia afirmou que, caso isso ocorra, as consequências serão debatidas na Justiça, mas reforçou que o Estado tem condições de seguir com a obra por meio de outra contratação. "Hoje nós vivemos uma situação em que todas as instituições querem que este BRT termine. Estamos esperando esgotar esse prazo, a gente analisar a resposta do consórcio, para a partir daí, no trâmite legal, tomarmos as devidas consequências", afirmou.
Ele ressaltou ainda que qualquer acordo precisa garantir o interesse público, assegurando a continuidade das obras já iniciadas e a definição dos valores que serão pagos. "O governador está 100% empenhado para terminar as obras e vamos fazer todo o possível para terminar", finalizou Garcia.