O vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta (Republicanos), eximiu o governo estadual de responsabilidade pelos atrasos e rescisão do contrato com o Consórcio Construtor BRT. Segundo ele, o Estado seguiu todos os trâmites legais e acreditou que as empresas teriam capacidade de concluir as obras do modal em Cuiabá e Várzea Grande.
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"Eu tenho convicção de que quando o poder público não dá a resposta no tempo certo para as questões, as demandas da sociedade, nós vamos ser, de alguma maneira, avaliados por isso. Nesse caso específico, o Estado fez um processo de licitação dentro da legalidade. A empresa vencedora parecia ter todas as condições de realizar a obra no tempo previsto. Infelizmente, é mais uma frustração de tantas que tivemos. Empresas que não cumprem contratos", afirmou Pivetta.
O vice-governador destacou que o governo do Estado sempre honrou seus compromissos e culpou a construtora pelo rompimento. "O governo é cumpridor de contratos. O nosso governo, desde o início, cumpriu 100% os contratos, pagou 100% em dia todos os seus compromissos. Infelizmente, no Brasil, é um festival de ratos de licitação. Gente que não tem capacidade de executar, mas que acha que o Estado é o bobo. O Estado pode ser assaltado. E aqui, no Mato Grosso, nesse momento, não é assim. O Estado cumpre os contratos. Nesse caso, foi rescindido. Quem deu causa à rescisão foi a construtora, que foi incapaz de cumprir com o seu contrato."
O secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União), reforçou que as obras do BRT serão concluídas dentro do mandato do governador Mauro Mendes (União), que se encerra em dezembro de 2026. Durante conversa com a imprensa nesta terça-feira (18), Garcia afirmou que o governo ainda aguarda a defesa do consórcio sobre a decisão de encerramento do contrato. Ele explicou que a rescisão poderá ocorrer de forma consensual, permitindo que a mesma empresa conclua as obras já iniciadas na Avenida do CPA, em Cuiabá. Caso contrário, o governo poderá romper unilateralmente o contrato.
"Tenho uma reunião com eles hoje, mas ainda estão no prazo concedido pelo governo. Será um término amigável, em que a gente encontre uma solução para continuar a obra enquanto o Estado busca outro tipo de contratação, ou será um término unilateral por parte do governo", explicou Garcia.
O secretário enfatizou que, independentemente do modelo de rescisão, o governo buscará garantir a continuidade das obras.