O vereador de Várzea Grande, Kleberton Feitoza (PSB), poderá perder o mandato após o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) protocolar, nesta quarta-feira (12), um processo na Câmara Municipal pedindo sua cassação. O parlamentar é acusado de invadir áreas restritas do Hospital e Pronto-Socorro Municipal (HPSMVG) e de constranger e difamar uma médica durante plantão no local.
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Além do processo no âmbito do Poder Legislativo, a entidade prepara uma série de ações judiciais que serão propostas em breve contra o político.
O presidente do CRM-MT, Diogo Sampaio, destacou que, após a análise das imagens do circuito interno do hospital, ficou constatado que a médica acusada falsamente pelo vereador de abandonar o plantão, não saiu da unidade em nenhum momento.
“Ela cumpriu com seu plantão e nós levantamos que ela estava realizando os atendimentos aos pacientes da unidade”, disse.
As imagens, segundo Sampaio, mostram a médica na sala de descanso do hospital no momento em que o vereador está à sua procura.
O presidente da Comissão de Ética da Câmara de Várzea Grande, Jânio Calistro (MDB), afirmou em entrevista nesta terça-feira (11) que, caso o processo seja encaminhado à comissão, as investigações terão andamento.
“A gente não sabe até onde que chegou esse fato. Ele é vereador, ele pode fiscalizar e tal, até certos pontos. Estão falando que ele ultrapassou o limite dele. Não chegou na nossa mão”, disse.
Questionado se a comissão dará andamento ao processo, ele disse que “com certeza”. “O vereador foi eleito com a intenção de fiscalizar e prestar contas. Mas alguns que não têm o conhecimento da lei, ultrapassam um pouco. Cada um tem um pensamento, cada um tem uma cabeça”, disse.