O deputado estadual Júlio Campos (União) afirmou que o senador Jayme Campos é o candidato natural do partido ao governo de Mato Grosso em 2026. Durante participação no 48º episódio do PodOlhar, videocast de entrevistas do Olhar Direto, o parlamentar destacou a trajetória política do irmão e ressaltou que, apesar do apoio do governador Mauro Mendes ao vice Otaviano Pivetta (Republicanos), a decisão final sobre o nome que disputará o Palácio Paiaguás pelo União Brasil não cabe apenas ao chefe do Executivo estadual.

“Nós temos um candidato natural dentro da União Brasil, que é o senador Jayme Campos. Ninguém está forçando ele, ele não está forçando ninguém, mas é o nome mais querido dentro do partido, pelo serviço que prestou no passado e pelo trabalho atual como senador. Se depender dos prefeitos, dos municípios, ele é um candidato forte para disputar a eleição com sucesso”, afirmou Júlio.

O deputado ressaltou que outros nomes devem ser considerados no debate eleitoral dentro do grupo, mencionando o senador Wellington Fagundes (PL) e o empresário Odílio Balbinotti como possíveis postulantes. Além disso, citou a possibilidade de uma candidatura da base governista ligada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como a do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD).

Campos também relembrou o desempenho da direita na eleição municipal de 2024 em Cuiabá, afirmando que o União Brasil ficou de fora do segundo turno por não ter uma identidade clara no pleito. “O Abilio com o Bolsonaro, o Lúdio com o grupo da esquerda, e o Botelho foi engolido. Nós tínhamos uma eleição que poderíamos ganhar até no primeiro turno, mas faltou bandeira”, avaliou.

Sobre a condução da escolha do candidato ao governo, Júlio reforçou que o União Brasil precisa ouvir suas bases e que a decisão não pode ser unilateral. “O governador Mauro pode manifestar simpatia, desejo, mas não é ele que decide sozinho no partido. O União Brasil é um partido democrático e precisa ouvir os deputados estaduais, federais e as lideranças municipais”, disse.

O deputado mencionou que o partido tem dois caminhos: apoiar a candidatura de Jayme ao governo ou ao Senado. Caso haja divergências irreconciliáveis, Júlio não descartou mudanças na composição partidária. “Ou o Jayme disputa o governo, ou o Senado, ou então saímos alguns e ficam outros. Isso é normal na política. Nossa ideia é manter a coligação vitoriosa de 2018 e 2022, mas tem que haver espaço para todos”, concluiu.

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