O presidente do Partido Liberal (PL) em Mato Grosso, Ananias Filho, afirmou que a legenda não trabalha com outra alternativa para as eleições presidenciais de 2026 além da candidatura do ex-presidente Jair Bolsonaro. Mesmo condenado duas vezes à inelegibilidade, Bolsonaro seguirá como o nome do partido para a disputa, cabendo à Justiça Eleitoral decidir sobre o registro.
Leia também
Governador propõe que durante a COP 30 países ricos sejam cobrados a contribuir com preservação
"Nós não temos plano diferente. Plano A é Jair Messias Bolsonaro, plano B é Jair Messias Bolsonaro, plano C é Jair Messias Bolsonaro. Nós temos uma definição, a definição de que o PL tem candidato a presidente da República e o pré-candidato nosso chama Jair Bolsonaro", declarou Ananias.
O dirigente citou o exemplo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, em 2018, tentou concorrer ao cargo mesmo estando preso. Segundo ele, a legislação permite que Bolsonaro seja lançado na convenção do partido, e cabe à Justiça Eleitoral avaliar eventuais contestações.
"A gente nunca desrespeitou as leis do país. Nós somos muito claros que somos obedientes à lei. Mas a legislação, se você pegar direitinho, ela não impede de nós lançarmos ele na candidatura a presidente da República. Pode ser que alguém, ou um partido, ou quem tem direito judicial de questionar o lançamento da candidatura dele. E aí cabe à corte decidir que nós temos que substituir ou não", argumentou.
Ato bolsonarista e manifestações em Mato Grosso
Ananias também comentou a mobilização nacional de apoiadores de Bolsonaro, marcada para este domingo (16) em Copacabana, no Rio de Janeiro. Ele destacou que o evento deve reunir milhares de pessoas e que manifestações também devem ocorrer em outras regiões do país, incluindo Mato Grosso.
"A decisão foi que todo mundo se concentrasse no Rio de Janeiro. Mas nós não vamos deixar de aplaudir o movimento que se junta em qualquer lugar do Brasil para mostrar a ressonância do pensamento do que está acontecendo no Brasil", disse.
Apesar da mobilização, Ananias informou que não participará do evento no Rio por conta de compromissos partidários no estado. "Eu não irei porque tenho um compromisso do PL aqui no estado de Mato Grosso nas articulações dos municípios. Eu já estou rodando e tenho função administrativa aqui na capital", explicou.
O ato em Copacabana contará com a presença de Bolsonaro e de outras lideranças da direita. Paralelamente, grupos bolsonaristas em Mato Grosso devem se reunir para manifestações em defesa da anistia a investigados pelos atos de 8 de janeiro e pelo impeachment do presidente Lula.