O secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, coronel Cesar Roveri, voltou a negar a existência de grupos milicianos dentro das forças de segurança do estado. O assunto veio à tona após questionamentos sobre o suposto envolvimento de agentes da segurança na morte do ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Renato Nery.

Leia também
Polícia Civil instaura inquérito para investigar se assassina de adolescente grávida teve ajuda do esposo ou irmão

“Não tenho dados da existência de milícias em Mato Grosso. Sempre digo que qualquer pessoa, independente de ser ou não servidor público, será identificada, levada à Justiça e responderá pelo crime que cometeu. No caso do Nery, as pessoas suspeitas estão identificadas e respondendo pelo suposto crime”, afirmou Roveri nesta segunda-feira (24).

A declaração ocorre em meio às prisões de policiais militares alvos da Operação Office Crimes: A Outra Face, que investiga o homicídio do advogado Renato Gomes Nery, ocorrido em Cuiabá. No dia 18, a Justiça determinou a prisão preventiva de Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira, Leandro Cardoso e Jorge Rodrigo Martins. Eles respondem pelos crimes de homicídio, duas tentativas de homicídio, porte ilegal de arma e fraude processual.

O sargento Heron Teixeira Pena Vieira também foi preso após se entregar ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), no dia 7, depois de passar um dia foragido. Outros policiais foram presos no dia 6, durante o cumprimento de mandados de prisão temporária e de busca e apreensão na capital. Um caseiro, apontado como executor do crime, também foi detido.

As prisões fazem parte das investigações conduzidas pelas autoridades para esclarecer o caso.