A Santa Casa de Rondonópolis está afundada em dívidas que somadas chegam a R$ 90 milhões. Reunião de emergência foi realizada no domingo (13) com parlamentares, representantes da Saúde e do Governo do Estado. Uma nova rodada de conversa está marcada para a próxima quarta-feira (16), oportunidade em que a secretária de Saúde de Rondonópolis, Tânia Balbinotti deve pedir ao Governo a liberação emergencial de emendas parlamentares da bancada estadual.
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A secretária também quer reajuste dos valores do Fundo Estadual de Fomento à Saúde (FEF) e equiparação dos repasses dos leitos de UTI da Santa Casa aos valores praticados em outras unidades hospitalares do estado. A proposta também prevê um complemento da Prefeitura de Rondonópolis equivalente a uma tabela SUS para os atendimentos de maternidade, como forma de aliviar a pressão financeira enfrentada pela unidade hospitalar.
A dívida de R$ 90 milhões da Santa Casa está dividida da seguinte forma: R$ 24 milhões com instituições bancárias, R$ 28 milhões com fornecedores, R$ 28 milhões com a equipe assistencial e R$ 10 milhões em impostos. A situação tem inviabilizado a continuidade das atividades da unidade hospitalar.
Como medida emergencial, Tânia Balbinotti chegou a cogitar a contratação de um empréstimo no valor de R$ 19 milhões, além de solicitar que os parlamentares destinem emendas para a Santa Casa.
“Esse é um desafio muito grande. Rondonópolis tem um hospital de média e alta complexidade que atende quase 20 municípios e que está prestes a fechar as portas. Estamos aqui para fazer alguns encaminhamentos ao governo do estado e buscar, de uma vez por todas, a solução para esses graves problemas financeiros do hospital” afirmou o deputado federal José Medeiros (PL), que esteve na reunião.
“Nós mandamos muitas emendas para a Santa Casa, mas são emendas estruturantes, voltadas para aquisição de equipamentos. O recurso que estamos tratando aqui é para custeio, para as despesas do dia a dia do hospital. Das emendas que destinei, algumas ainda não foram pagas pelo governo federal. De toda forma, elas também não resolveriam o problema de um hospital que há anos opera no vermelho. O governo do estado precisa resolver esse impasse, e nós estamos indo lá para discutir isso”, completou Medeiros.
A secretária Tânia Balbinotti ressaltou a objetividade da reunião e a urgência em manter o hospital funcionando. “A reunião foi muito objetiva. Todos estamos empenhados. As questões da Santa Casa são complexas, mas não podemos parar. Tudo o que for feito precisa ser feito com o hospital em funcionamento”, destacou.