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Terça-feira, 13 de maio de 2025

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Presença de rampas em calçadas de Cuiabá ainda é limitada, aponta Censo do IBGE

Foto: Reprodução

Presença de rampas em calçadas de Cuiabá ainda é limitada, aponta Censo do IBGE
Divulgado na quinta-feira (17), o novo recorte do Censo 2022, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela avanços tímidos, mas importantes na infraestrutura urbana de Mato Grosso, especialmente no que diz respeito à acessibilidade. Um dos destaques da pesquisa é a presença de rampas para cadeirantes nas calçadas, item essencial para garantir a mobilidade de pessoas com deficiência.


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No estado, 22,4% da população vive atualmente em ruas com pelo menos uma rampa de acesso, o que representa mais de 692 mil mato-grossenses. Em 2010, esse percentual era de apenas 3%. O crescimento de mais de sete vezes em 12 anos coloca Mato Grosso como o quarto estado com maior índice do país, atrás de Mato Grosso do Sul (41,1%), Paraná (37,3%) e Distrito Federal (30,4%).

Entre os municípios mato-grossenses com mais de 100 mil habitantes — classificados como concentrações urbanas pelo IBGE —, Rondonópolis e Sinop se destacam no cenário nacional, com 42,2% e 38,8% de seus moradores vivendo em ruas com rampas para cadeirantes, respectivamente. Já Cuiabá, capital do estado, não aparece entre os primeiros colocados, o que indica que a cidade ainda enfrenta desafios para garantir acessibilidade adequada nas vias públicas.

Calçadas livres de obstáculos

Outro dado importante revelado pela pesquisa é a proporção de moradores vivendo em ruas com calçadas livres de obstáculos, um dos quesitos analisados pelo IBGE para medir a acessibilidade urbana. Em Mato Grosso, 27,4% da população residente nos setores selecionados para a pesquisa urbanística — cerca de 846 mil pessoas — vivem em ruas com calçadas consideradas adequadas.

O estado ocupa a segunda colocação no ranking nacional, atrás apenas do Rio Grande do Sul (28,7%) e à frente do Paraná (26,7%). No entanto, os dados também escancaram desigualdades dentro do próprio território mato-grossense. Enquanto municípios como Porto Alegre do Norte (99,1%), Alto Taquari (98,5%) e Santa Cruz do Xingu (98,2%) têm quase toda a população urbana vivendo em vias com calçadas desobstruídas, cidades como Bom Jesus do Araguaia (0,5%), São José do Povo (0,7%) e Jangada (1%) mal oferecem esse tipo de estrutura.

A capital Cuiabá também não se destacou neste critério, sinalizando mais um alerta para investimentos em acessibilidade urbana.

A pesquisa

A pesquisa do IBGE foi aplicada em mais de 340 mil setores censitários em todo o país, incluindo áreas urbanas e rurais com características urbanizadas. A proposta é oferecer dados detalhados que sirvam de base para o planejamento urbano e a formulação de políticas públicas mais eficazes.

Entre os quesitos analisados estão: pavimentação, iluminação pública, sinalização para bicicletas, arborização, existência de bueiros, pontos de ônibus e rampas para cadeirantes.
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