O presidente da Câmara Municipal de Várzea Grande, vereador Wanderley Cerqueira (MDB), declarou nesta sexta-feira (25) ser contrário ao uso de recursos próprios da prefeitura para financiar atrações artísticas na comemoração dos 158 anos do município, celebrados no próximo dia 15 de maio. Segundo ele, os investimentos deveriam ser direcionados a áreas como saúde, educação e infraestrutura urbana.

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“Se for emenda do governo do Estado, aí é emenda da Cultura, para gastar com Cultura, eu não vejo problema. Mas se for recurso próprio, da Fonte 100, aí eu sou contra. Porque Várzea Grande está precisando de recursos para a saúde”, afirmou Cerqueira, em entrevista à imprensa.

A fala do vereador se refere à possibilidade de a prefeitura contratar a banda Barões da Pisadinha, atração nacional, para o evento. A contratação ainda depende da finalização de trâmites contratuais. Conforme apurado pelo Olhar Direto, a prefeitura aguarda a liberação dos recursos para oficializar o anúncio.

Cerqueira reforçou que, caso o show seja pago com verba da Fonte 100 — classificação orçamentária que corresponde a recursos próprios do município —, será contrário à medida. “Nós temos que desafogar as UPAs, as policlínicas. Precisamos abrir o terceiro turno na Policlínica do Parque do Lago, do Marajoara, do Jardim Glória, do 24 de Dezembro. Se tiver recurso da Fonte 100, tem que investir na saúde”, argumentou.

A prefeita Flávia Moretti (PL) já havia confirmado a intenção de realizar a festa e assegurou que os recursos destinados ao evento serão oriundos de emendas parlamentares específicas para a área cultural. Em declarações recentes, ela defendeu o direito da população de Várzea Grande de celebrar a data com festividades, como ocorre em outros municípios.

Moretti também respondeu a críticas sobre o uso de verba pública, afirmando que os recursos utilizados são “carimbados”, ou seja, destinados exclusivamente à cultura e, portanto, sem possibilidade de remanejamento para outras áreas.

Mesmo assim, o presidente da Câmara afirmou que pretende acompanhar a origem do recurso. “Nós vamos acompanhar de onde vem. Se for da Fonte 100, eu sou contra. No momento, não estamos precisando de festa. Estamos precisando de melhorar a cidade, que está com muitos problemas”, concluiu.