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Quinta-feira, 15 de maio de 2025

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OPERAÇÃO POÇO SEM FUNDO

Chefe de gabinete de vereadora teria participado de fraude que deu prejuízo de R$ 22 milhões em contratos da Metamat

Foto: Reprodução

Chefe de gabinete de vereadora teria participado de fraude que deu prejuízo de R$ 22 milhões em contratos da Metamat
Rafael Francisco Pinto, atual chefe de gabinete da vereadora Baixinha Giraldelli (Solidariedade), foi um dos alvos da Operação Poço Sem Fundo, deflagrada pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) na manhã desta quinta-feira (8). Ele é ex-servidor da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat) e figura entre os 24 investigados por envolvimento em um esquema milionário de fraudes na perfuração de poços artesianos entre 2020 e 2023.


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Segundo a Polícia Civil, Rafael foi submetido a medidas cautelares diversas da prisão, como determinação de auditoria pela Controladoria Geral do Estado (CGE-MT), suspensão de pagamentos às empresas beneficiadas ilegalmente, proibição de contratar com o poder público e também impedimento de nomeação ou contratação para cargos públicos no âmbito estadual.

De acordo com o Portal da Transparência da Câmara Municipal de Cuiabá, Rafael ocupa o cargo de assessor parlamentar chefe de gabinete com remuneração de R$ 12 mil, além de verba indenizatória.

Outro lado 

Procurada, a vereadora Baixinha afirmou que a operação que investiga o chefe de gabinete quando ele ainda era servidor da Metamat “não envolve suas atuais atividades no parlamento municipal”.

Ainda conforme a nota, “mesmo assim, acredita em sua total inocência que deverá ser provada no encerramento do processo”. A vereadora também afirma que, segundo avaliação de sua equipe jurídica, “a medida cautelar não atinge o cargo ocupado atualmente por Rafael”, já que a restrição seria válida apenas para ocupações no âmbito estadual.

“No mais, seguimos confiantes que estamos realizando um trabalho transparente para atender a sociedade”, finaliza a nota.

Além de Rafael, a operação também teve como alvos o ex-deputado estadual e atual diretor da Metamat, Wagner Ramos; o diretor técnico da companhia, Francisco Holanildo Silva Lima; o ex-presidente da Metamat, Juliano Jorge Boraczynski, e a geóloga Gleice dos Santos Reis.

Juliano, que é irmão do ex-deputado Romualdo Júnior (falecido em março deste ano), havia sido nomeado em março como consultor adjunto de regularização fundiária da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), com salário líquido de R$ 10.426,00, mas foi exonerado do cargo ontem, logo após a operação.

A investigação aponta que os contratos firmados pela Metamat envolviam obras que não foram executadas nos locais indicados ou foram realizadas em propriedades privadas, como granjas, garimpos e áreas de pastagem. Os prejuízos aos cofres públicos, segundo a CGE, ultrapassam R$ 22 milhões.

Entre as 226 ordens judiciais cumpridas estão mandados de busca e apreensão, sequestro de 49 imóveis, bloqueio de contas, afastamento de servidores públicos e proibição de acesso aos prédios da Metamat e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (Sedec).
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