O pedido de habilitação da Câmara de Cuiabá no processo que resultou na operação “Perfídia” foi negado pela Justiça após manifestação da delegada responsável, que alegou que as investigações ainda estão em andamento e que o acesso aos autos poderia comprometer diligências em curso. A informação foi dada pelo procurador-geral da Casa, Eustáquio Inácio Neto. “Quanto ao pedido de habilitação nos autos que determinaram o afastamento dos vereadores, a juíza entendeu por bem em indeferir essa habilitação, restringindo o acesso às suas provas, mas, contudo, disponibilizou a íntegra da decisão, que permitiu que a gente tomasse as medidas necessárias para a convocação dos suplentes”, explicou.
Ele afirmou que, diante do argumento da Polícia Civil e da decisão da juíza, a Câmara optou por respeitar o trâmite da investigação e aguardar os desdobramentos. “A justificativa da juíza, ao nosso ver, é compreensível por hora. A delegada justificou que muitas diligências estão sendo cumpridas ainda e que o acesso, neste momento, poderia atrapalhar as investigações. Então, a gente confia no trabalho da Polícia Judiciária Civil, da Justiça, e neste momento respeitamos essa decisão. Vamos aguardar”, pontuou. A operação resultou em cumprimento de mandado de busca e apreensão e no afastamento dos vereadores Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson (PSB). A investigação apura um suposto esquema de pagamento de propina envolvendo vereadores e uma empresa contratada para as obras do Contorno Leste.