Servidores do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Cuiabá anunciaram no final da tarde de quarta-feira (14) a adesão à greve nacional deflagrada na última sexta-feira (9) por servidores do Ministério da Cultura em várias cidades do país. A mobilização local aconteceu em frente à sede do Instituto, localizada na Casa Sete de Setembro, no Centro Histórico da capital.
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A principal motivação do movimento é a cobrança por um plano de carreira para os profissionais, além da ampliação do quadro de servidores concursados, especialmente arquitetos, e melhores condições de trabalho. Em Mato Grosso, apenas 13 servidores estão responsáveis por cuidar do patrimônio histórico de todo o estado, o que inclui municípios com bens reconhecidos nacionalmente.
A mobilização ocorre em meio a um contexto de abandono da sede do órgão em Cuiabá. Em abril deste ano, parte da fachada da Casa Sete de Setembro desabou após fortes chuvas. O prédio histórico, que abriga a Superintendência do Iphan em Mato Grosso, teve suas atividades transferidas para um espaço alugado enquanto aguarda reforma.
Após o incidente, o Instituto anunciou a revitalização do imóvel com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em um investimento previsto de R$ 2,5 milhões. Contudo, ainda não há data definida para o início das obras.
Além do Iphan, servidores de outras instituições vinculadas ao Ministério da Cultura também participam do movimento, como a Fundação Biblioteca Nacional (FBN), Fundação Cultural Palmares (FCP), Fundação Nacional de Artes (Funarte) e Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).
O Iphan é responsável por preservar, proteger e promover o patrimônio cultural brasileiro, incluindo bens materiais e imateriais de relevância histórica, artística e arqueológica. Sua atuação se dá tanto em ações de conservação quanto na promoção da educação patrimonial e na articulação com governos locais para garantir a preservação da memória nacional.