A corregedoria geral da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) instaurou Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o servidor Benedito César Corrêa de Carvalho, preso na madrugada de sábado (10) acusado de ameaçar uma adolescente de 16 anos contratada para um programa sexual. A AL também determinou o afastamento preventivo por 60 dias, prorrogável por igual período. As decisões constam em duas portarias publicadas no Diário Oficial Eletrônico da AL desta quinta-feira (15).
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Além disso, Benedito está proibido de acessar as repartições internas da Assembleia, bem como o acesso a sistemas eletrônicos internos, posse de equipamentos e de documentos durante a vigência desta Portaria, “salvo para prática de atos inerentes à sua defesa”. Ele tem um salário base de R$ 44 mil.
A corregedora designou três servidores para atuarem como membros para constituírem a comissão. O prazo para conclusão dos 60 dias para a conclusão dos trabalhos.
O caso
O caso de ameaça a menor aconteceu em um apartamento no bairro Araés, em Cuiabá. A jovem foi encontrada trancada no banheiro, em pânico, enquanto gritava por socorro. No local, a Polícia Militar apreendeu uma faca e vestígios de cocaína. Esta é a terceira vez que o procurador é detido por envolvimento em crimes semelhantes.
Segundo o depoimento da jovem, ela havia chegado ao local por volta das 22h da sexta-feira (9). Durante a madrugada, Benedito teria consumido cocaína e se alterado, fazendo ameaças e impedindo a saída da vítima. Apesar da busca, os policiais não localizaram a arma mencionada, mas encontraram uma faca de cabo de madeira escondida dentro de um armário.
Reincidente
Esta é a terceira vez que Benedito é preso por envolvimento em casos semelhantes. Em agosto de 2023, foi detido por manter uma mulher em cárcere privado sob uso de drogas. Na ocasião, a vítima conseguiu pedir ajuda pela sacada do apartamento. Em 2017, ele também foi acusado de ameaçar uma mulher de 22 anos contratada para programa sexual, após apresentar comportamento agressivo durante um surto.
A ALMT declarou que o caso atual reforça a necessidade de medidas disciplinares severas e que seguirá acompanhando a apuração dos fatos pelas autoridades competentes.