O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), afirmou que os deputados da Casa perderam o "timing" para a instalação da CPI dos Consignados. A proposta vinha sendo ventilada para investigar indícios de irregularidades em empréstimos consignados para servidores do Estado. 

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Na avaliação do parlamentar, agora, com a instalação da mesa técnica pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e as investigações da Polícia Civil e do Ministério Público de mato Grosso (MP), a instalação da CPI é desnecessária.

“No primeiro momento, a Assembleia poderia e deveria ter feito a CPI. Por quê? Porque aí nós traríamos os órgãos de controle e de fiscalização para dentro da CPI. Não foi feito. Então deixou-se o TCE fazer lá uma câmara técnica, tem que acreditar no trabalho do TCE”, disse.  

“A Polícia Civil e o Ministério Público fazem um trabalho muito forte, muito bom também. Então são três instituições que eu não vejo como uma CPI da Assembleia possa avançar além do que esses órgãos estão fazendo”, completou.

Nesta quarta-feira, a ida do governador em exercício Otaviano Pivetta (Republicanos) à Assembleia Legislativa na manhã desta quarta-feira (11) evitou, ao menos por enquanto, a instalação da CPI.  Ele foi pessoalmente apresentar um projeto de lei com mudanças nos consignados. 

O gesto do Pivetta em ir à AL, mais a mesa técnica do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e a força-tarefa anunciada na sexta-feira (6) pelo Palácio Paiaguás para apurar possíveis irregularidades dos consignados acalmaram os ânimos dos deputados e esfriaram a movimentação que havia pela abertura da investigação. 

Pivetta entregou pessoalmente aos deputados o PL com mudanças nas regras de concessão dos consignados. Durante a sessão desta quarta à tarde, os deputados aprovaram, por unanimidade, um substitutivo ao texto do Paiaguás. 

Após reunião com os parlamentares, o republicano conversou com a imprensa e afirmou que esclareceu todos os pontos e questionamentos aos parlamentares. Ele citou que há uma convergência para melhorar o projeto de lei e eliminar os pontos falhos.