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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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Fundo do poço

Na atual crise financeira mundial, o fundo do poço ganhou a aparência de mera escala de uma viagem longa. Viagem às profundezas do caos. Nesta segunda (2), soube-se que a AIG, gigante do ramo de seguros, empurrou para dentro de seu balanço um prejuízo de US$ 61,7 bilhões no último trimestre. O governo dos EUA apressou-se em acudir a AIG. Pôs à disposição da seguradora uma linha de US$ 30 bilhões. É a segunda vez que a cavalaria do Tesouro americano desce ao front para salvar da breca a AIG. Na escrituração de 2008, a AIG já amargara perdas de US$ 99,289 bilhões. E o Tesouro aportara nas arcas da empresa US$ 150 bilhões. A renitência do incêndio empurrou para baixo a Bolsa de São Paulo. A de Nova York foi ao rés do solo. As da Europa também caíram. Ali, sob a influência de más notícias produzidas por outra sigla: HSBC. Pior do que a crise vivida pelo sistema financeiro mundial é a torre de Babel de sugestões feitas para sair dela. Sugere-se de tudo –do reforço da caixa do FMI ao recrudescimento da regulação e da fiscalização. Porém... Porém, a única providência efetiva tem sido, até aqui, a apropriação dos bolsos do contribuinte. No Brasil de 1995, quando o Banco Econômico foi à breca, Mario Henrique Simonsen ensinou: “Nenhuma instituição financeira morre de repente”. A farra da especulação papeleira não começou ontem. Era um desastre esperando para acontecer. Aconteceu. E reacontece em ritmo frenético. Constatada a morte da galinha dos ovos de ouro, o Estado, antes de perguntar por que a galinha morreu, preocupa-se em socorrer os assassinos. KARINA NOGUEIRA
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