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Governo busca alternativas para reverter corte de voos da Azul em MT; ‘Não podemos ficar nas mãos de três empresas’, critica secretário

23 Jun 2025 - 16:17

Da Redação - Rafael Machado/ Do Local - Jardel P. Arruda

Foto: Mayke Toscano/GCOM-MT

Governo busca alternativas para reverter corte de voos da Azul em MT; ‘Não podemos ficar nas mãos de três empresas’, critica secretário
O secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, afirmou que o governo estadual tem atuado em diferentes frentes para tentar reverter a decisão da Azul Linhas Aéreas de suspender voos a partir de Cuiabá, incluindo o trecho para Alta Floresta.


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Além das tratativas diretas com a companhia, o secretário participou de uma reunião com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, para discutir soluções e reforçou a defesa pela abertura do mercado aéreo nacional a novas empresas.

A reunião em Brasília foi articulada pelo senador Jayme Campos (União), a pedido do prefeito de Alta Floresta, Chico Gamba (União), e também contou com a participação da senadora Margareth Buzetti (PSD). Segundo Miranda, a principal preocupação é evitar o isolamento da região norte de Mato Grosso, que depende do voo para manter a conexão com a capital.

“Nós já vínhamos fazendo gestão junto à Azul. A empresa passa por uma dificuldade financeira muito grande e entrou com pedido de recuperação judicial. O que estamos tentando é um processo de convencimento, porque ninguém pode obrigar uma companhia aérea a manter um voo”, disse.

César lembrou que o Estado oferece um incentivo fiscal, o Programa Voo MT, que garante benefícios tributários para estimular a malha aérea regional. No entanto, mesmo com o programa, a Azul decidiu manter apenas a ligação de Alta Floresta com Viracopos (SP), deixando a capital fora da rota.

“Eles continuam tendo direito ao incentivo, mas o que estamos tentando agora é uma adequação para que o voo Cuiabá-Alta Floresta continue operando. É um voo importante para mais de 300 mil pessoas daquela região, que inclui Alta Floresta, Paranaíta, Apiacás e Nova Bandeirantes”, ressaltou.

Além do impacto regional, o secretário chamou a atenção para os cortes em outras rotas que partem de Cuiabá.

“A Azul está cancelando seis voos que saíam da capital para outras cidades como Ribeirão Preto, Campo Grande, Brasília, Maceió, entre outras. Entendemos que a empresa precisa se reorganizar, mas isso afeta diretamente a população mato-grossense”, afirmou.

Durante a reunião com o ministro, César Miranda reforçou a necessidade de abrir o mercado aéreo nacional a novas companhias, inclusive internacionais, para ampliar a concorrência e reduzir os preços das passagens.

“O que foi colocado para o ministro é que está na hora do governo federal abrir o setor aéreo. Não podemos ficar só na mão de três empresas”, disse.

Ele citou como exemplo a possibilidade de voos internacionais realizarem escalas comerciais em cidades da Amazônia Legal.

“Por que um voo que sai de Lima, no Peru, com destino a São Paulo, não pode fazer uma escala em Rio Branco e vender passagens entre Rio Branco e São Paulo? Esse tipo de abertura seria benéfico para todo mundo”, argumentou.
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