Diante da indefinição sobre o futuro da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, o prefeito Abilio Brunini (PL) sinalizou que pode antecipar a entrega do novo Centro Médico Infantil, cuja conclusão da obra está prevista para os próximos dois meses.
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Segundo ele, caso ocorra alguma interrupção repentina nos atendimentos da Santa Casa, a prefeitura acelerará o processo de ativação da nova estrutura para evitar um colapso no atendimento pediátrico.
A declaração do prefeito surge após o anúncio feito pelo governador Mauro Mendes (União), que confirmou a transferência gradual dos serviços da Santa Casa para o novo Hospital Central, que contará com gestão do Hospital Albert Einstein.
"Se por acaso vier a acontecer algum problema com a Santa Casa e de repente ela interromper os atendimentos, a gente antecipa esse processo aqui e inicia o mais rápido possível", afirmou durante vistoria às obras do Centro Médico Infantil.
Ele explicou que a nova unidade terá capacidade de atendimento superior à de hospitais privados da capital, com estrutura voltada exclusivamente para o público infantil. Abilio ressaltou que o espaço vai ter uma capacidade de cerca de até cinco Santa Casa.
"Aqui é um local exclusivo para atendimento de crianças. Serão sete consultórios com sete pediatras, funcionando 24 horas por dia, todos os dias da semana. Teremos ultrassom, raio-x, ressonância magnética, tomografia, além de salas de emergência e 40 leitos de UTI. Nem a Femina, Santa Rosa ou qualquer outro hospital particular em Cuiabá tem essa estrutura que estamos montando", ressaltou.
"Aqui, vamos conseguir atender o equivalente a quatro ou cinco Santa Casas. Estamos dedicados a mudar a realidade do atendimento às crianças em Cuiabá e no estado de Mato Grosso", completou.
Situação da Santa Casa
Atualmente, a Santa Casa é mantida com recursos próprios do Governo do Estado, mas sem definição oficial sobre seu futuro. O governador Mauro Mendes justificou a decisão de transferência dos serviços como uma medida de responsabilidade fiscal e administrativa.
"A Santa Casa custa mais de R$ 400 mil por mês aos cofres públicos. Vamos transferir todos os serviços, ampliando praticamente tudo para o Hospital Albert Einstein", disse.
O governador garantiu que a migração ocorrerá de forma gradual, à medida que o Hospital Central estiver plenamente estruturado, e assegurou que os atendimentos oncológicos, atualmente prestados pela Santa Casa, não serão interrompidos, sendo concentrados no Hospital de Câncer.