A Defesa Civil de Cuiabá está intensificando as ações de prevenção e controle de queimadas nas regiões sul e oeste da capital, áreas que historicamente registram o maior número de focos de incêndio durante o período de estiagem.
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O trabalho está sendo coordenado em parceria com o Corpo de Bombeiros e envolve ações de limpeza, fiscalização e conscientização da população.
De acordo com o secretário-adjunto da Defesa Civil, coronel Alessandro Borges, os bairros Pedra 90, Cinturão Verde, Sucuri e adjacências concentram a maior incidência de queimadas nos últimos anos.
“Nós pilotamos junto com o Corpo de Bombeiros onde tivemos o maior número de focos de queimadas nos anos anteriores. Região Sul, região Oeste de Cuiabá, que vai ali do Pedra 90, do Cinturão Verde até o Sucuri, um pouco mais à frente”, afirmou.
Segundo o coronel, a Prefeitura está promovendo o mapeamento e a limpeza de bolsões de lixo nessas localidades, por meio da Limpurb. Além disso, reuniões estão sendo realizadas com moradores da zona urbana e rural para orientar sobre os riscos das queimadas e a necessidade de manter os terrenos limpos.
“Estamos levantando os bolsões de lixo para fazer a limpeza, também conversando com a sociedade, com diversas reuniões, tanto na área urbana quanto na área rural, para conscientizar as pessoas. E também fazendo a fiscalização para que os proprietários façam a devida manutenção no seu terreno”, explicou.
Apesar dos esforços, o secretário-adjunto reconhece que, por causa da condição climática, sem chuvas e com baixa umidade, ainda haverá registros de incêndios. No entanto, o objetivo das ações é minimizar os danos.
“Fogo teremos pela condição climática. Mas a ideia é que se diminua o máximo possível e, com isso, o impacto seja menor no meio ambiente, mas também na saúde da sociedade”, reforçou.
Sobre os terrenos baldios espalhados pela cidade, o coronel Alessandro esclareceu que os proprietários estão sendo notificados para realizar a limpeza. Em caso de descumprimento, poderão ser multados e até responder por crime ambiental.
“Se não fizerem a manutenção, podem ser autuados. E se entrar o fogo, vamos fazer fiscalização e autuar por queimadas. Podemos gerar até uma ação civil e criminal, porque é crime ambiental. Mas nós não queremos isso. Queremos que as pessoas colaborem, façam a manutenção dos seus terrenos e não joguem lixo nessas áreas”, alertou.
O secretário ainda destacou que os bolsões de lixo também representam riscos à saúde pública.
“O acúmulo de lixo traz um transtorno muito grande para a coletividade. Não se trata apenas de queimada, mas de doenças como dengue, chikungunya, roedores. Nós queremos uma cidade com boa qualidade de vida, todos com saúde. E isso só será possível com a união entre poder público e sociedade”, comentou.