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Terça-feira, 11 de novembro de 2025

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ALMT aprova reserva de vagas para mulheres vítimas de violência em empresas terceirizadas

Foto: Fablicio Rodrigues/ALMT

ALMT aprova reserva de vagas para mulheres vítimas de violência em empresas terceirizadas
A Assembleia Legislativa aprovou, em segunda votação, na quarta-feira (15), projeto de resolução, de autoria do deputado Dr. João (MDB) e coautoria do presidente da Casa, Max Russi (PSB), que reserva no mínimo 8% das vagas de trabalho em empresas terceirizadas contratadas pelo legislativo para mulheres vítimas de violência doméstica.


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Com a aprovação, o parlamento mato-grossense se torna um dos primeiros do país a adotar uma política permanente de inclusão social e econômica de mulheres em situação de vulnerabilidade, fortalecendo a rede de proteção e rompendo o ciclo de dependência financeira em relação ao agressor.

De acordo com Dr. João, a proposta tem um caráter humano, social e transformador, pois oferece uma chance real de recomeço.

“Mais do que garantir proteção, precisamos dar oportunidade. Quando uma mulher tem independência financeira, ela conquista liberdade e dignidade. Este projeto é um instrumento concreto de empoderamento e justiça social”, destacou o parlamentar.

O texto aprovado determina que a reserva de 8% das vagas seja mantida durante toda a execução dos contratos, proibindo substituições sem reposição e garantindo o sigilo e o respeito à dignidade das beneficiárias. As mulheres serão indicadas por órgãos da rede de proteção e pela Procuradoria da Mulher da ALMT, que também acompanhará a aplicação da norma em parceria com as áreas de licitações e contratos da Casa.

Dr. João ressaltou que a medida não gera custos adicionais ao Estado, pois será aplicada nas contratações já existentes, apenas ajustando cláusulas e processos de fiscalização.

“É um projeto que une responsabilidade social e eficiência administrativa. Não aumenta despesas, mas muda vidas”, completou.

O presidente Max Russi, coautor da proposta, elogiou a iniciativa e afirmou que a Assembleia cumpre seu papel de liderança na defesa das mulheres.

“A ALMT é pioneira em várias pautas sociais e agora dá mais um passo importante. Este projeto é um exemplo de como o poder público pode agir de forma prática e sensível para enfrentar a violência de gênero”, disse.

Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023, Mato Grosso é o terceiro estado com maior taxa de feminicídios do país, com 2,6 casos por 100 mil mulheres, quase o dobro da média nacional. Em 2024, 99 mulheres foram assassinadas, sendo 47 vítimas de feminicídio, o que reforça a urgência de ações efetivas como esta.

Ao final da votação, Dr. João dedicou a aprovação às mulheres mato-grossenses que lutam diariamente para reconstruir suas vidas e reafirmou que continuará trabalhando para fortalecer políticas de acolhimento, qualificação profissional e empregabilidade.

“Esta é uma vitória das mulheres. Que cada uma delas saiba que tem nesta Casa aliados firmes, comprometidos com a igualdade, o respeito e a esperança de um novo começo”, destacou. (Com assessoria)
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