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Terça-feira, 23 de abril de 2024

Notícias | Cidades

Crianças tentam reconhecer sete suspeitos de pedofilia em Catanduva (SP)

Os sete suspeitos de participar de uma rede de pedofilia em Catanduva, entre eles um médico, um empresário e o filho de um comerciante, vão passar por uma sessão de reconhecimento na próxima quinta-feira pelas 23 crianças que relataram à polícia ter sido contatadas pelos investigados -pelo menos 18 disseram ter sofrido algum tipo de abuso.


A sessão vai ocorrer em uma sala da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) que será preparada para o evento.
Os suspeitos serão apresentados às vítimas misturados a homens da mesma faixa etária. Eles não verão as crianças.

Duas das 23 crianças ouvidas citaram a participação no esquema de outros homens, além do borracheiro José Barra Nova Melo, 49, conhecido como Zé da Pipa, já preso no CDP (Centro de Detenção Provisória) de São José do Rio Preto, e de seu sobrinho, de 19 anos, preso e liberado por falta de provas. O primeiro não tem advogado constituído -já o rapaz está desaparecido.

Entre os acusados estão um médico endocrinologista, um empresário e o filho de um comerciante da cidade. São investigados ainda um rapaz de 17 anos, um motorista e um operário de uma usina da região.

As crianças disseram que foram aliciadas nos bairros de Jardim Alpino e Cidade Jardim, onde moram todas as vítimas, e levadas até uma "mansão com piscina", que foi identificada como sendo a casa do médico, no Jardim do Bosque.

Ontem, a polícia esteve na casa dele para apreender o computador da família, que poderia conter históricos de contato entre os participantes da suposta rede de pedofilia. A delegada Rosana da Silva Vanni encontrou apenas o monitor e o modem ainda ligados, mas a CPU (torre) havia sumido.

"É muito estranho e confirma ainda mais as nossas suspeitas", disse ela, que revistou uma obra vizinha em busca do equipamento. À polícia, a família disse que o computador estava no conserto. O advogado do médico, Breno Monti, não quis dar entrevista.

Anteontem, a polícia apreendeu nove computadores em uma lan house no Jardim Alpino, apontada pelas crianças como o local onde parte dos acusados via as fotos e vídeos dos abusos. O dono, que não quis se identificar, negou. O material será periciado -um laudo deve sair na próxima semana.

Início
A rede de pedofilia começou a ser investigada pela polícia local após a prisão do borracheiro, em 15 de janeiro. As primeiras denúncias chegaram à polícia e ao Ministério Público em 14 de dezembro, mas o inquérito foi aberto só um mês depois.

Essa demora será apurada pela Corregedoria da Polícia Civil, que requisitou ontem cópia do inquérito. A liberação do rapaz de 19 anos também será objeto de investigação. O promotor do caso, Antônio Bandeira Neto, não foi encontrado.

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Catanduva criou uma comissão especial para acompanhar o caso. O presidente da CPI da Pedofilia, senador Magno Malta (PR-ES), visitará a cidade em março.
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