Pais de crianças vítimas de abuso sexual em Catanduva, a 385 km de São Paulo, organizaram um protesto contra a rede de pedofilia que está sendo investigada pela polícia e pelo Ministério Público. Nas faixas, a revolta das famílias. Os pais das crianças que sofreram abuso sexual pediam por mais atenção e agilidade nas investigações do caso.

Uma mulher diz que depois que um dos acusados ganhou a liberdade na semana passada, por meio de uma liminar concedida pela justiça, eles temem por represália.

A polícia de Catanduva abriu um novo inquérito para apurar a existência de uma suposta rede de pedofilia na cidade.

O caso começou a ser investigado no mês passado , com a prisão de um acusado de aliciar menores.

A pedido da justiça, o novo inquérito foi aberto com base nos depoimentos de crianças que confirmam o envolvimento de cinco homens nas práticas de abuso sexual e atentado violento ao pudor.

Segundo a polícia , um homem de 47 anos aliciava menores nas portas das escolas e nos bairros.

Borracheiro, ele atraía as crianças para conserto de bicicletas e também oferecia pipas e jogos de videogame.

O homem está preso no centro de detenção provisória de Rio Preto. O sobrinho dele também foi apontado pelas crianças como autor dos abusos.

Ele foi solto na semana passada depois que venceu o prazo da prisão temporária.

Crianças de 5, 8 e 10 anos contam que foram molestadas durante cinco meses... Os pais só descobriram porque os filhos mudaram o comportamento em casa.

As crianças dizem que eram ameaçadas.

Exames de corpo de delito comprovaram até agora abuso sexual em duas crianças.

Além do borracheiro preso e do sobrinho dele, outros três homens também teriam participado dos abusos. Eles não tiveram os nomes revelados.

A polícia ainda não tem o endereço da casa luxuosa supostamente usada pelo grupo. Os três filhos desta mulher também teriam sido aliciados....

No processo que tramita no Fórum de Catanduva aparecem os nomes de dez menores, mas o número de vítimas pode ser maior.

Os pais que pressionaram os filhos e descobriram os abusos tentam levar uma vida normal, mas esquecer a violência vai ser difícil.