O novo secretário da Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, disse que nenhum policial envolvido em denúncias graves vai ocupar cargos de confiança em sua gestão. “Isso não significará prejulgamento.” No primeiro dia no cargo, Ferreira Pinto afirmou que vai rever a forma como é gasta a verba de operações policiais reservadas. “Vai haver (mudança) sem dúvida nenhuma. Se houve alguma falha na gestão, ela será retificada.”

O secretário também aproveitou o primeiro dia no cargo para dizer que seu gabinete está aberto para as entidades representativas das Polícias Civil e Militar. O secretário falou sobre os três dos principais problemas da gestão de seu antecessor, Ronaldo Marzagão. O primeiro foram as denúncias de corrupção envolvendo policiais e até mesmo o ex-secretário adjunto de Marzagão, Lauro Malheiros Neto. “Estou tomando conhecimento dos projetos, da máquina administrativa e me inteirando da crise.”


Ferreira Pinto também tratou das falhas na aplicação da verba para operações sigilosas. O jornal O Estado de S. Paulo revelou que o gabinete do secretário gastou mais do que departamentos operacionais da polícia. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) achou falhas na prestação de contas do dinheiro. Ele disse que todas as informações requisitadas pelo TCE serão prestadas pelo atual adjunto da pasta, Guilherme Bueno de Camargo, que ainda não foi confirmado no cargo por Ferreira Pinto. Por fim, o secretário disse que haverá mudanças na direção das Polícias Civil e Militar, mas que ainda não tem os nomes dos chefes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.