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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Indústria deve retomar fôlego ainda no primeiro semestre do ano, diz economista

Até o fim do primeiro semestre, as indústrias fluminense e nacional deverão iniciar a retomada do crescimento, com reflexos positivos sobre o emprego. A afirmação foi feita hoje (16) pelo chefe da Divisão de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Patrick Carvalho.


Segundo ele, no ano passado, a indústria fluminense registrou saldo líquido acima do de 2007, diferentemente do que ocorreu em termos nacionais. Enquanto o Brasil perdeu, somente no último trimestre, 634 mil postos de trabalho, o estado do Rio teve saldo positivo de 12.445 postos. No acumulado de 2008, o Brasil gerou mais de 1,452 milhão de postos de trabalho, 10% menos que em 2007. No Rio, o acumulado do ano apresentou crescimento de 5,8% sobre 2007 – foram criados 154.596 empregos na indústria do estado.

Em dezembro passado, lembrou Carvalho, o mercado de trabalho na indústria de transformação foi muito afetado pela crise internacional, mas, em alguns setores, como o de minerais não-metálicos, em função da construção civil, as perspectivas são muito boas. Isso ocorre também na indústria da moda, que tem participação acentuada no estado.

Para ele, ainda é cedo para apontar os setores que têm condições de ficar acima dos impactos da crise. Porém, as indústrias gráfica e de alimentos não foram muito afetadas pela crise e podem apresentar crescimento favorável já no primeiro trimestre.

De acordo com os Indicadores Industriais da Firjan, os setores com maior expansão do emprego em 2008 foram os de outros equipamentos de transporte (27,82%); material eletrônico e comunicação (11,51%); produtos de metal (12%); máquinas e equipamentos (11,20%) e metalurgia básica (10,81%). O setor têxtil foi o que apresentou o maior recuo no ano: 7,83%.

Carvalho destacou que a crise não é homogênea, afetando uns setores mais do que outros. “Os setores muito dependentes de crédito e do mercado de exportação são os mais afetados. Outros apresentam resistência bem maior à crise, como os de alimentos e gráfico.”

Pesquisa da Firjan revela que 54% dos empresários fluminenses estão otimistas com o desempenho da economia em 2009 e que 68% deles esperam estabilidade ou aumento do emprego de janeiro até março, contra 25,8% que projetam redução. "Mais do que otimismo, há intenção de manter o nível de atividade na tendência de crescimento. Não há tendência de desaquecer”.
O que ocorre é, que quando as encomendas se reduzem, a produção acaba acompanhando e o mercado de trabalho vai atrás, explicou Carvalho. Ele acrescentou que a perspectiva de retomada do crescimento industrial no primeiro semestre leva em conta ainda o fato de o Brasil apresentar indicadores mais sólidos do que a economia mundial.

De acordo com a economista, ainda há espaço para cortes na política monetária. “Temos altas taxas de compulsórios, taxas de juros muito elevadas, mercado de crédito ainda incipiente. São fatores que, junto com outros dados macroeconômicos positivos, tornam o Brasil mais sólido, mais resistente à crise internacional.”
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