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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Ministro quer maior participação do Exército na execução de obras públicas

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, voltou a defender hoje (5) a necessidade de que parte das obras públicas do governo federal sejam executadas pelo Exército. Segundo o ministro, a prática permitiria aos batalhões de engenharia da Força se manterem em permanente aperfeiçoamento, além de conservar as tecnologias de ponta absorvidas pelos militares nos últimos anos.


“Seria fundamental que o Exército pudesse ter uma participação em obras nacionais. Para que engenheiros, construtores e operadores de máquinas desenvolvam-se é preciso haver serviço, pois quem sabe fazer algo aprendeu no exercício da função”, afirmou Jobim.


O ministro disse que irá discutir o assunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com membros da equipe de governo. Para ele, a definição de um cronograma que permita aos batalhões de engenharia se manter em permanente atividade dependerá unicamente de uma “decisão política”.

“Terei que ter uma conversa com o presidente [da República] e com os ministérios dos Transportes e de Infra-Estrutura para que possamos ter uma segurança de que, durante um determinado período do ano, teremos obras a serem realizadas pelo Exército”, declarou Jobim. “Se a decisão política é manter as experiência e a estrutura do corpo de engenheiros do Exército temos que ter obras para realizar. Senão, teremos uma unidade meramente teórica”.

Mesmo que defenda que a atuação do Exército não deve concorrer com a das construtoras privadas, Jobim reconhece a possibilidade destas reagirem contrariamente à iniciativa. “Haverá, eventualmente, reações da iniciativa privada, mas isso faz parte do jogo. Ninguém se mete em um assunto sem que haja conflito. Isso faz parte do nosso dia-a-dia, portanto, é um problema irrelevante. A questão é a decisão [política]”.

O assunto foi abordado pela primeira vez na segunda-feira (2), por meio de nota divulgada pelo ministério, logo após Jobim ter retornado de uma viagem ao Rio Grande do Norte e a Paraíba, onde visitou as obras de duplicação da Rodovia BR-101 e do Projeto São Francisco, ambas a cargo do Exército.

De acordo com a assessoria do ministério, a participação inicial do Exército no Projeto São Francisco está orçada em R$ 123,6 milhões e, inicialmente, o emprego dos militares na obra visava a agilizar os trabalhos, enquanto pendências judiciais com empreiteiras privadas eram resolvidas.

No projeto, o Batalhão de Engenharia atua em duas frentes. No canteiro do Eixo Leste, é responsável pelo canal de captação que levará águas da barragem de Itaparica (BA/PE) até a primeira das seis estações de bombeamento, além de preparar a primeira da série de represas que serão construídas, a Barragem de Areias. Os trabalhos começaram em maio de 2007 e devem terminar em março de 2010.

Na segunda frente (Eixo Norte), o Exército atua na construção de um canal que levará águas do Rio São Francisco até a primeira estação de bombeamento, a ser feita no local, e à Barragem de Tucutu. O ministério afirma que, tanto no Projeto São Francisco quanto nas obras da BR-101, o Exército tem servido para que os cronogramas de obras sejam mantidos, atuando em áreas onde problemas legais envolvendo a participação de construtoras civis impediriam o avanço dos trabalhos.


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