As empresas impedidas de dar continuidade as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Várzea Grande, após o cancelamento das licitações em decorrência das investigações de supostas fraudes, devem retomar o trabalho em algumas semanas por decisão da Prefeitura de Várzea Grande. O anuncio foi feito pelo prefeito em exercício Tião da Zaeli, em entrevista ao programa Cidade independente, da Rádio Cidade FM 94,3, na manhã desta sexta-feira (26).
As obras do PAC em Várzea Grande estão paralisadas desde agosto de 2009, quando Murilo Domingos decretou o cancelamento das licitações dos três lotes do programa federal na cidade. Na ocasião, a decisão foi embasada nas denúncias do Ministério Público Federal, envolvendo fraudes no processo licitatório, desencadeando a operação Pacenas pela Polícia Federal, em agosto de 2009, na qual 11 pessoas foram presas, sendo duas de Várzea Grande.
O Consórcio Cuiabano vinha realizando as obras em Várzea Grande de água e esgoto pelas empresas Três Irmãos e Gemini nos valores de R$ 30 milhões e R$ 17 milhões. Na urbanização (lote 3) no valor de R$ 22 milhões, pela empresa Lumen.
De acordo com Zaeli, a decisão da Prefeitura de convergir às liminares fávoraveis as empresas investigadas é amparada pela população do município. A pedido do prefeito licenciado, Murilo Domingos (PR), a sociedade organizada teria sido consultada em uma audiência pública, e, por unanimidade, clamaram pelo retorno das obras.
“As empresas devem voltar a trabalhar nas obras, mas já estamos no começo de um mês e isso deve demorar umas duas semanas, pois eles dispensaram os trabalhadores e as máquinas estão todas paradas”, frisou o prefeito em exercício.
Para Zaeli, a população foi inteligente ao pedir pela retomada das obras. Como é ano eleitoral, ele teme que a cidade perca s recursos caso os trabalhos continuem paralisados. “Quem mais perde com isso não é a prefeitura, é a população, com um buraco aberto em frente de casa”.
Atualizada ás 15h11
