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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Notícias | Cidades

Cruz Vermelha treinará moradores de comunidades populares do Rio de Janeiro

Preocupado com as “consequências humanitárias” da violência que atinge a cidade do Rio de Janeiro, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) irá estender para outras três comunidades a capacitação em primeiros-socorros que já oferecia a moradores de quatro complexos cariocas, totalizando sete localidades consideradas “zonas de vulnerabilidade”.


Desde junho de 2008, o treinamento já acontecia em favelas dos complexos do Alemão e da Maré, além de Vigário Geral e de Parada de Lucas. Este ano, o programa será realizado também na Cidade de Deus, Vila Vintém e Cantagalo, locais onde, segundo o próprio CICV, os altos índices de violência se misturam à carência de serviços públicos.

Com a iniciativa, a organização espera que os moradores que frequentarem as aulas tenham condições de atender os feridos, sejam eles vítimas da violência ou de acidentes domésticos. Os alunos também terão condições de compartilhar com seus vizinhos os conhecimentos que adquiriram sobre saúde.

O chefe da delegação regional do CICV, Michel Minnig, afirmou à Agência Brasil que, para o órgão, a situação carioca não é entendida como um conflito armado, embora acarrete “consequências humanitárias bastante preocupantes”.

“Eu diria que o que mais nos preocupa no Rio de Janeiro são as consequências humanitárias, que são graves. Há mortos e feridos, inclusive agentes públicos, o que também nos preocupa. Há pessoas que têm que deixar suas casas em função dessa situação que perturba a vida de toda a população”, comentou o suíço na última quarta-feira (11), quando esteve em Brasília para agradecer a participação brasileira na operação que resgatou seis reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

O CICV também pretende continuar com o trabalho de prevenção à dengue que já vem desenvolvendo nessas mesmas sete comunidades desde dezembro passado. Além disso, o órgão manterá os esforços para convencer as forças policiais e militares a integrarem as normas de direito humanitário a seus próprios manuais e procedimentos.

Sem dar maiores detalhes, Minning também aventou a possibilidade de o CICV promover em cooperação com o governo estadual algo “no campo da saúde” que ajude “a melhorar um pouco as condições das casas de detenção”.
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