A Prefeitura de Cuiabá colocou nas ruas mais 19 novos ônibus coletivos nesta sexta-feira, e o prefeito Wilson Santos (PSDB) voltou a confirmar o aumento da tarifa do transporte na capital mato-grossense, que deverá ocorrer no próximo mês.
Questionado sobre o assunto pelo site Olhar Direto, na solenidade de entregue dos ônibus, realizada hoje pela manhã, no monumento "Ulisses Guimarães", o prefeito justificou que o aumento se faz necessário, pois o óleo diesel em Cuiabá é o mais caro do país.
No entanto, reforça que ainda não se reuniu com o Conselho Municipal dos Transportes, e que as planilhas ainda não foram apresentadas. Dessa forma, não há data marcada com o Conselho, que é quem vai definir o novo valor da passagem e passá-lo ao prefeito, para homologação.
Também sobre esse assunto, o secretário de Transportes Urbanos, Edivá Alves informou que já encaminhou a justificativa requerida em liminar pelo promotor Alexandre Guedes, que pediu explicações da forma como são feitos os cálculos para reajustar as tarifas. A prefeitura aguarda agora manifestação do juiz José Zuquim Nogueira, da Vara Ambiental (Juvam) e de Improbidade.
O documento enviado há 15 dias esclarece a metodologia de cálculo da tarifa. "A prefeitura prestou esclarecimentos e agora estamos aguardando", explicou o secretário municipal de Transportes, Edivá Alves.
Uma vez concluído o parecer judicial, o Conselho Municipal de Transportes – constituído por 17 entidades - será convocado para estabelecer um valor. Baseada na proposta, o prefeito homologa um valor, inferior àquele estabelecido pelo Conselho. Edivá acredita que a tarifa não deve superar o valor de R$ 2,35. A Associação Mato-grossense dos Transportes Urbanos (MTU) deseja uma tarifa em torno de R$ 2,50.
Tanto a SMTU quanto o Conselho Regional de Economia (Corecon) orientam os cálculos por uma planilha proposta pelo Ministério das Cidades e dos Transportes. "Os itens são fixos, apenas os valores podem mudar", explicou o secretário Edivá. Insumos como pneus, combustível e mão-de-obra, são considerados por todos os municípios. O levantamento das características resulta no custo do sistema, que acaba repassado ao usuário.
Para justificar o aumento, os empresários afirmam que não há reajuste desde março de 2007. Outro fator considerado é a ampliação em 12,4% da frota em circulação na Capital e a renovação da mesma. A idade dos veículos em circulação não pode ultrapassar 4,5 anos.
Atualmente três empresas atendem os usuários de Cuiabá. O contrato de concessão com a Pantanal Transportes, Princesa do Sol e Norte Sul termina no mês de maio e pode ser renovado por mais cinco anos. Uma ordem de serviço determina quais serviços serão prestados.
Para atender a população da Capital - estimada em 600 mil, circulam pela cidade 375 ônibus e 82 micro-ônibus. De acordo com o presidente da MTU, Ricardo Caixeta, são realizadas mensalmente cinco milhões de viagens. Aproximadamente 3,8 mihões são motivadas por usuários pagantes e o restante – 1,2 milhões – por passageiros beneficiados com a gratuidade.
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