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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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Com medo de atentados, viúva da Mega-Sena contrata seguranças

Dois anos depois de ter sido presa acusada de mandar o marido, milionário da Mega-sena, a viúva Adriana Almeida circula escoltada por seguranças.




Morando ainda numa fazenda em Rio Bonito, na Região das Baixadas Litorâneas do Rio, depois de ter sido solta em junho do ano passado, ela teme, segundo seu advogado, “que o verdadeiro assassino tente algo contra ela”.

Novos depoimentos

Na quinta-feira (12), ela prestou novo depoimento no fórum da cidade, onde apareceu em um carro importado, cabelos longos e lisos. Adriana e os outros cinco réus acusados de envolvimento no crime foram ouvidos novamente no processo para que todos os advogados pudessem fazer perguntas a todos os suspeitos. A sessão durou cerca de dez horas.

“Os novos depoimentos demonstram que outras pessoas poderiam estar interessadas em seu desaparecimento e que a Adriana não é esse bicho papão”, disse o advogado da viúva, Jackson Costa, que afirmou ainda que a cliente continua passando necessidades financeiras. Na cidade, no entanto, testemunhas dizem que ela é vista com frequência circulando num jipe importado.



Atualmente quatro dos suspeitos respondem ao processo em liberdade. Seguem presos Anderson de Souza, acusado de ser autor dos disparos, e Edney Gonçalves Pereira, que estaria guiando a moto usada no crime.

Filha e irmão de milionário citados

Durante o interrogatório, segundo advogados, os réus trouxeram de volta à tona os nomes da filha de Renné Senna, Renata Senna, e de um dos irmãos do falecido, com quem ele teria tido desavenças. “Isso é um monte de mentiras, que não mudam em nada o curso do processo”, defende o advogado de Renata e assistente de acusação do processo, Marcos Rangoni. 

Só o depoimento do ex-PM e ex-segurança da fazenda, Anderson Souza, durou cerca de quatro horas, de acordo com seu advogado. Acusado de ser o autor dos disparos que mataram Renné, ele teria respondido a mais de 200 perguntas.

“O Anderson era confidente de Renné e conseguiu trazer detalhes da relação dele com outros familiares ao processo. A ambição de toda a família mostra que há mais coisa a ser apurada aí”, diz Mauricio Neville, que defende o ex-PM.

Durante a audiência, três irmãos de Renné aguardavam por notícias do lado de fora do fórum, mas nada conseguiram.

Carro bloqueado vendido

Outro elemento surgido ao longo dos depoimentos foi o fato de que Adriana teria vendido em agosto do ano passado um carro importado que estaria em seu nome e, por isso, constava entre os bens bloqueados pela Justiça.

“O carro teria sido vendido no dia 15 de agosto. Perguntamos sobre isso, mas ela não respondeu. Se o promotor entender que ela descumpriu uma ordem judicial, pode pedir uma nova prisão preventiva”, afirma Rangoni. 

Como foi o crime

Renné Senna, ex-trabalhador rural, ganhou R$ 52 milhões em um sorteio da Mega-Sena em 2005. De acordo com as investigações, Adriana Almeida, viúva do milionário, seria a mandante do assassinato e teria contratado ex-seguranças para matá-lo. Renné foi morto a tiros em janeiro de 2007 na porta de um bar em Rio Bonito.

De acordo com a polícia, o crime teria sido motivado pelo medo da viúva de perder a fortuna. Quatro dias antes do crime, Renné teria descoberto que Adriana comprara uma cobertura em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos.

A briga teria acabado com a saída dela da fazenda do casal. Ao longo das investigações, policiais descobriram que ela tinha um amante, que revelou que os dois planejavam morar juntos no imóvel.
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