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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

Notícias | Cidades

Abadia escondia 70 milhões de euros em picape, diz traficante colombiano

O traficante colombiano Ramon Manuel Yepes Penagos, que foi descoberto em um presídio de São Paulo usando uma identidade falsa, deu uma pista de onde poderia estar escondida a fortuna de Juan Carlos Ramirez Abadia no Brasil. Penagos, conhecido como El Negro, afirmou que o colombiano mentinha cerca de 70 milhões de euros (cerca de R$ 208 milhões) em uma picape, em um prédio nos Jardins, zona sul de São Paulo.


Penagos fez a afirmação em depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira (12), segundo o "Jornal Nacional", da TV Globo. Ele estava detido no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros (zona oeste) como se fosse o mineiro Manoel Oliveira Ortiz até ser descoberta sua verdadeira identidade.

Segundo Penagos, o dinheiro saiu do Brasil após a prisão de Abadia, em agosto de 2007. Um grupo de colombianos levou o dinheiro em pacotes amarrados ao corpo. No depoimento, ele afirmou que cada um levou um milhão e meio de euros --dois chegaram a ser presos no aeroporto de Bogotá.

Em cinco semanas, a fortuna de Abadia já estava de volta à Colômbia, informou o "Jornal Nacional".

Apesar de falar espanhol com um forte sotaque, Penagos ficou preso oito meses sob uma identidade falsa em SP. Na última semana, a Polícia Civil de São Paulo apresentou-o à imprensa como se fosse Carlos Ruiz Santamaria, integrante do Cartel de Calí e procurado na Espanha.

Ele só foi identificado depois que a polícia da Colômbia e o DEA (a polícia anti-drogas dos Estados Unidos) revelaram seu verdadeiro nome. Penagos é apresentado ora como sócio ora como uma espécie de diretor financeiro de Abadía.

Logo após ser preso, e, 2007, Abadía informou à PF que tinha dinheiro escondido numa casa em Campinas (95 km a noroeste de São Paulo). Os policiais foram até o local indicado e encontraram enterrados US$ 952 mil (cerca de R$ 2,18 milhões, pela cotação atual) e 420 mil euros (pouco mais de R$ 1,24 milhão).

O próprio Abadía sugeriu ao juiz Fausto Martin de Sanctis, que atuou no caso, que tinha muito mais recursos no Brasil. Ele ofereceu a De Sanctis entregar US$ 35 milhões para que o juiz anulasse a ação penal que movia contra o megatraficante. O juiz considerou que Abadía queria comprar a Justiça brasileira e recusou a oferta
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