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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

Notícias | Cidades

Campanha de trânsito apela para o respeito às leis

Os Ministérios da Saúde e das Cidades e o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) querem provocar uma mudança de comportamento nos motoristas brasileiros e fazer um alerta à população perto do Carnaval. Por isso, lançam a campanha educativa Por você e pelos outros: respeite as leis de trânsito. Até o fim deste mês, cenas e situações de imprudência nas rodovias e vias urbanas vão chamar a atenção para os acidentes que ocorrem quando o motorista excede a velocidade permitida, faz ultrapassagens perigosas, utiliza o celular quando ao volante e dirige sob efeito de álcool. A campanha vai explorar os mobiliários urbanos como outdoors, busdoors, fôlderes e cartazes, além de mídia de rádio, televisão, cinema e internet.


De acordo com coordenadora da Área Técnica de Vigilância e Prevenção de Violências e Acidentes do Ministério da Saúde, Marta Alves da Silva, a educação no trânsito deve ser permanente. “O bom comportamento deve ser estimulado entre todos os condutores. Motoristas de ônibus, caminhões, taxistas e veículos de passeio precisam respeitar as leis de trânsito. A direção responsável evita lesões e mortes de motoristas, passageiros e pedestres”, explica.

Dados do Saúde Brasil 2007 – pesquisa do Ministério da Saúde que analisa as causas de mortalidade dos brasileiros –- apontam que Santa Catarina é o estado que apresenta o maior risco de morte para todos os tipos de Acidente de Transporte Terrestre (ATT) – atropelamentos, acidentes com motos e colisões de veículos. A taxa padronizada (risco de morte) em Santa Catarina é de 31,7 por 100 mil habitantes, seguido pelo Mato Grosso do Sul com 29,8 e pelo Paraná e Rondônia, com taxa de 28,1 óbitos por 100 mil habitantes.
IMPACTO ECONÔMICO – Mais de 35 mil mortes, por ano, ocorrem em acidentes de trânsito nas estradas e vias urbanas do Brasil. O prejuízo com acidentes nas rodovias federais custa ao país, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), mais de R$ 10 bilhões. Entre o dezembro de 2008 e a primeira semana de janeiro, a Polícia Rodoviária Federal atendeu a 7.140 acidentes, com 4.795 feridos e 435 mortos. A soma de desastres rodoviários superou em 7,8% o total de 2007/2008. O maior número de acidentes ocorreu nos estados de Minas Gerais, Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.

Dos mortos em acidentes, 67% tinham entre 20 e 49 anos, e 73% eram do sexo masculino. Os carros de passeio são os veículos que mais se envolvem em acidentes, 47,4% dos casos, seguidos por caminhões e ônibus (29,4%) e caminhões e carretas (25,4%). O número de atropelamentos também é preocupante, pois 20,1% dos mortos em rodovias federais eram pedestres em áreas urbanas.

RIGOR - Um fator que também influencia a mudança de comportamento do motorista é o uso do álcool. Os especialistas afirmam que o álcool altera os reflexos motores, o equilíbrio e a percepção espacial de objetos em movimento. Segundo pesquisa do Vigitel, realizada em 2007, no mínimo 290 mil motoristas/dia dirigem após consumo abusivo de bebida alcoólica (mais de cinco doses para o homem e mais de quatro, para a mulher).

Para enfrentar o alto número de mortes por condutores que dirigem sobre o efeito do álcool, o Brasil instituiu em julho de 2008 a chamada “Lei Seca”. Um dos principais indicadores do impacto da Lei Seca, logo após a implantação, foi o número de resgates registrados pelo SAMU/192. O número de resgates relacionados a acidentes de trânsito teve uma redução média de 15%, em 26 capitais.

Uma pesquisa da Polícia Rodoviária Federal mostra que 1/3 dos motoristas que se envolvem em ocorrências de trânsito reconhece que não prestava atenção ao que fazia no momento do desastre. Segundo Marta, para completar o percurso, ou sua viagem, no mais curto prazo possível, o motorista usa e abusa do poder que o veículo lhe proporciona.

“É comum encontrar condutores com comportamento agressivo e violento no trânsito que alegam ter pressa e serem vítimas do dia a dia conturbado das grandes cidades. Entendemos que não basta apenas o rigor e a punição para que, efetivamente, ocorra mudança de atitude. É preciso estimular uma cultura de paz e um novo comportamento frente ao trânsito”, afirma a coordenadora.


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