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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Notícias | Cultura

Carnaval paulistano tenta manter tradição do séc. 18

Desde 1968, quando o então prefeito de São Paulo Faria Lima (carioca, diga-se de passagem) oficializou o desfile de escolas de samba da cidade, os cordões carnavalescos entraram em decadência, perdendo o que o havia de mais popular e histórico no carnaval paulistano. Quase sem verbas do governo e sem patrocínio, grupos tradicionais como Fio de Ouro, Paulistano da Glória e Campos Elísios viraram memória. Era uma tradição que remontava às procissões coloniais do século 18. Hoje, pelas ruas da metrópole, dez grandes blocos e bandas carnavalescas ainda mantêm essa folia acesa.


“A gente ainda faz carnaval por paixão, porque falta grana e sobram empecilhos da Prefeitura”, diz João Carlos do Nascimento, que criou em 1989 com seus vizinhos de rua o Bloco Unidos da Maria Antônia. Um dos mais populares, o grupo atrai cerca de 10 mil pessoas. Nascimento diz que ganha da Prefeitura R$ 6 mil, mas só o carro elétrico custa R$ 4,5 mil. "É uma pena que as pessoas não valorizem mais os blocos de rua, pois no fundo é o que há de mais importante do carnaval paulistano.”

Neste ano, a São Paulo Turismo (SPTuris) destinou cerca de R$ 140 mil à Associação das Bandas Carnavalescas de São Paulo (Abasp), que reúne os grupos tidos como “oficiais” da cidade. “É muito pouco. Eles investem milhões de reais no carnaval do Anhembi”, diz Candinho Neto, organizador da Banda do Candinho e presidente da Abasp. “A Prefeitura precisa olhar com mais cuidado para a gente, para resgatar o carnaval da comunidade, o carnaval livre de São Paulo.”
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