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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

Notícias | Economia

Queda no preço do petróleo leva Petrobras a renegociar contratos para baixar custo

A crise financeira mundial, com a conseqüente retração da demanda e do crédito - com implicações no preço do barril do petróleo no mercado externo, que caiu de US$ 140 para US$ cerca de 40 o barril – levou a Petrobras a renegociar contratos e o fechamento de negócios futuros com seus fornecedores de bens e serviços.


A informação foi dada hoje (4), nesta capital, pelo diretor de Exploração e Produção da estatal, Guilherme Estrella, para quem a realidade mudou e, por isso, os preços dos fornecedores de equipamentos têm que ser revistos para baixo.

Para Estrella, “é natural” que os preços caiam uma vez que o mundo vive agora uma nova realidade e terá que conviver com o preço do barril do petróleo no mercado externo em patamares inferiores ao verificado na maior parte do ano passado.

O diretor da Petrobras garantiu que a companhia tem o empresariado nacional como parceiro, mas que a estatal não levará adiante projetos cujos custos não venham a ser condizente com o atual preço do petróleo no mercado externo.

“Não há como levar adiante projetos que não levem em conta a nova realidade do brent no mercado externo. Vai ter que haver um entendimento para que os preços caiam de patamar. O empresário vai ter que negociar ou esta arriscado a perder mercado e deixar de vender para a Petrobras, que é uma das principais compradoras”, afirmou.

O diretor de Exploração da Petrobras disse que essa é uma das premissas embutidas no próprio Plano de Negócios para o período 2009-2013 e que prevê investimentos de US$ 174,4 bilhões.

“O Conselho de Administração foi bem claro ao determinar: nós aprovamos os US$ 174 bilhões, que é uma soma absolutamente extraordinária, mas com a condição de que vocês trabalhem no dia a dia para acelerar a adequação do mercado ao novo preço do petróleo”, disse.

Embora não tenha detalhado as negociações em torno da redução nos preços de bens e serviços contratados pela companhia, Estrella garantiu que isto já vem ocorrendo.

“O que eu posso dizer a vocês é que nós já estamos contratando serviços com até mais de um terço de defasagem em relação aos contratos que agente tinha anteriormente. Agente vai trabalhando contrato a contrato em um esforço que atende especificamente às determinações do Conselho de Administração da companhia”, afirmou.

O diretor da Petrobras lembrou, especificamente, a decisão tomada no ano passado pela companhia de cancelar as licitações para a construção das plataformas P-61 e P-63. A estatal argumentou que as propostas apresentadas estavam baseadas em valores que tinham como referência o período anterior ao agravamento da crise financeira internacional e a queda do barril do petróleo no mercado externo.

Estrella voltou a afirmar que todos os projetos atualmente em execução pela companhia são viáveis com o preço do barril do petróleo em torno dos US$ 40 e que nenhum projeto será suspenso com essa justificativa.

Ele informou, ainda, que a Petrobras vai licitar este ano a construção de um total de seis plataformas e 28 sondas – inclusive as duas que serão direcionadas para os testes de longa duração (TLD) na área do pré-sal.

“O plano das 28 sondas ainda não está fechado o que deverá ocorrer ao longo do ano”, disse sem detalhar..

Estrella informou, ainda, que a construção do navio-plataforma do tipo FPSO (sistema flutuante de armazenamento, produção e transferência de óleo) está sendo concluída em Cingapura. A unidade será instalada no Campo de Tupi para os testes de longa duração, virá para o Brasil na primeira quinzena deste mês e deverá entrar em operação entre abril e maio – produzindo diariamente cerca de 30 mil barris de petróleo.
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