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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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Casos de explosões de Vectras ganham repercussão nacional

Vinte e quatro veículos modelo Vectra, da General Motors, explodiram no Brasil nos últimos 10 anos. Em muitos casos, sem colisões, sem motivos aparentes e nas mesmas circunstâncias. O primeiro caso registrado: agosto de 1999, BR-070, próximo ao município de General Carneiro, Mato Grosso. Quatro vítimas carbonizadas. Essa primeira das muitas explosões – e das muitas vítimas - é gancho para a reportagem que a revista   Fórum, de circulação nacional, traz ao leitores brasileiros neste fim de semana.


 Olhar Direto  foi o primeiro veículo de comunicação a levantar esse assunto, mais tarde também noticiado pela Folha de S. Paulo e outras mídias.O caso virou uma briga na justiça e, em 11 de julho de 2008, a GM foi condenada pela morte dos quatro passageiros do carro, pois a perícia constatou que uma falha no sistema de distribuição de combustível do carro provocou a explosão do veículo. O embate entre a justiça vem se arrastando nos últimos anos, enquanto outros casos semelhantes ocorrem. A GM ainda não realizou recall dos veículos de mesmo modelo.

No dia 26 de fevereiro, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) negou liminar à General Motors, em recurso de agravo de instrumento proposto pelos advogados da montadora contra decisão da juíza da 9ª Vara Cível de Cuiabá. A juíza Amini Haddad Campos determinou o desentranhamento de documentos (mandado retirar documentos do processo) apresentados pela montadora no recurso de apelação, ou seja, em momento processual inadequado. Com o agravo de instrumento e o pedido de liminar, a GM queria suspender a tramitação do processo. Agora o processo será encaminhado para o TJ analisar a apelação das partes.

O Tribunal de Justiça, em cujo processo o relator é o desembargador Jurandir Florêncio de Castilho, confirmou a decisão da magistrada, impondo mais uma derrota às pretensões de impunidade da montadora.

Mesmo com todas as denúncias de ocorrências, a GM se nega a realizar recall do Vectra. No Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), órgão da Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça, existe uma Procedimento Administrativo apurando a recusa da montadora de realizar o recall. Depois de analisar as denúncias e ouvir a versão da fábrica – que alega nunca ter recebido reclamação de clientes -, o DPDC enviou o caso para o Grupo de Estudos Permanentes de Acidentes de Consumo (GEPAC).

O envio da ação para o GEPAC é a última etapa do procedimento administrativo. O Grupo é composto por representantes do Ministério Público Federal de São Paulo, do Ministério Público Estadual de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, Procon de São Paulo e Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC). Esta instância é que vai concluir se a GM errou ao não convocar o recall e aplicar as sanções cabíveis. 

Outros casos 


Outro caso muito semelhante de explosão aconteceu em Cuiabá no ano de 2001, na Usina Termelétrica de Cuiabá, na época administrada pela norte-americana Enron. Um dos diretores estacionou o Vectra no pátio da empresa e, poucos minutos após deixar o carro, houve a explosão.

Na capital do Rio Grande do Norte, Natal, no dia 5 de dezembro de 2006, um homem dirigia um Vectra, na avenida Alexandrino de Alencar, no Barro Vermelho, quando viu labaredas de fogo no motor. Teve somente tempo de sair do carro. O carro foi completamente queimado, apesar do rápido socorro dos bombeiros.

Em Belo Horizonte, Minas Gerais, na avenida Afonso Pena, dia 31 de maio de 2008, mais um incêndio de um Vectra. Não houve feridos, pois motorista e passageiros conseguiram sair antes que as chamas os atingissem.

Antônio Carlos Poletini, ex-secretário de Planejamento da prefeitura de Joinville, Santa Catarina, também passou por situação semelhante. No dia 22 de junho de 2008, acompanhado da família, ele viajava pela região de Jaraguá do Sul quando seu carro, um Vectra 2007, travou. Após estacionar no acostamento, notou fogo saindo do motor. Rapidamente, o incêndio se alastrou.

Também em 2008, em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, uma criança de seis meses sofreu ferimentos graves, com queimaduras de primeiro e segundo graus em várias partes do corpo e inalou muita fumaça, devido à explosão de outro Vectra. A criança não resistiu e faleceu dias depois.
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