Todo o processo de revitalização e recuperação das lagoas da Estação de Tratamento de Esgoto do CPA III, Lagoa Encantada, e do seu entorno, certamente contribuirá para despertar a consciência ambiental da comunidade, ‘constituindo-se num dos objetivos determinados do prefeito Wilson Santos, que deseja uma Cuiabá preservada e com mais verde disponível aos seus habitantes’.
Essa observação partiu do gerente Operacional da Companhia de Saneamento da Capital, engenheiro Nóe Rafael da Silva. “Nós, técnicos do município, estamos assimilando um trabalho de cunho futurista no segmento de saneamento básico, pois uma natureza preservada significa mais saúde, até vida”.
Segundo Silva, “o prefeito Wilson Santos foi muito feliz ao direcionar investimentos que possibilitam à ETE III se transformar também em uma área de lazer e turismo. O projeto na Lagoa Encantada, iniciativa da Municipalidade, resgata um espaço de lazer ambiental há muito reclamado pelo Grande CPA”.
Segundo Wilson Santos, a sua idéia era justamente atender a comunidade do Grande CPA e da Capital, em geral. “Cuiabá tem potencial ecológico para ser aproveitado de forma responsável, tornando-se ponto de reforço contra a depredação ambiental que, infelizmente, ainda acontece. Quadro que podemos reverter, paulatinamente”.
O prefeito voltou a reafirmar que a recuperação e revitalização (com reformas físicas) na unidade de tratamento de esgoto do CPA III era uma de suas metas prioritárias no saneamento. “Sabia que seria mais um desafio, mas fomos avante. E a comunidade do CPA já sente os benefícios resultantes do trabalho ali desenvolvido pela Prefeitura”.
O projeto de revitalização da Lagoa consta da construção de um auditório com 90,28 metros quadrados projetado para comportar 65 pessoas, laboratório para pesquisas e trabalhos escolares, pista de caminhada, além de outros benefícios.
O total do recursos da obra é de R$ 2,1 milhões, sendo R$ 2 milhões do Ministério das Cidades e R$ 100 mil de contra partida da Prefeitura de Cuiabá, via Sanecap.
Nessa mesma área será implantado também o Centro de Referência de Reuso da Água (CRRA). A iniciativa faz parte de um projeto da Companhia de Saneamento da Capital, contemplado pelo programa Petrobrás, o qual receberá recursos no valor de R$ 2.828.300,80, sendo R$ 1.990.560,00 da Petrobras, R$ 695.836,80 da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e R$ 208.904,00 da Sanecap/Idep.
Conforme a coordenadora geral do projeto, Neli Assunção Silva, o CRRA funcionará a partir da gestão do Reuso de Efluente, que será usado para minimizar os impactos ambientais nos corpos hídricos receptores, desenvolvendo atividades de piscicultura e fertirrigação de viveiros, bem como o aproveitamento e reuso de água pluvial, promovendo a sensibilização e mobilização da comunidade da região.
“No local serão construídos dois tanques de piscicultura, objetivando a redução de nutrientes para que o efluente seja lançado no corpo hídrico dentro de uma qualidade desejada. Além dos peixes, serão cultivadas também plantas ornamentais para fazer a revitalização da área e posteriormente do córrego do Caju e do Gumitá”, informa Neli Assunção.
