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Jayme defende candidatura do DEM e projeta irmãos representando MT no Senado

Da Redação - Carlos Gustavo Dorileo

O senador Jayme Campos (DEM) pregou cautela na discussão sobre a futura eleição suplementar para a vaga da colega cassada Selma Arruda (PODE) e disse que existem hoje cerca de 41 pré-candidatos sonhando com o cargo. O parlamentar, no entanto garantiu que seu partido tem musculatura para entrar forte na disputa e projetou a possibilidade de Mato Grosso ter dois irmãos no Senado Federal, sugerindo que o ex-governador Júlio Campos (DEM) pode se candidatar.

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“O acórdão [decisão do tribunal] deve ficar para o mês de fevereiro. Depois de ser publicado isso irá para Mesa Diretora do Senado e lá o presidente tem a prerrogativa de ler de imediato ou esperar 10, 15, 50 ou 90 dias. Somente depois de lido é que ela será oficialmente cassada. Depois disso é que poderá ser marcado a data de uma nova eleição, porque não há velório sem ter o defunto.  Após ser marcada a eleição vamos ver quem vão ser os candidatos. Pelo que eu já tenho ouvido, já existem candidatos para dar, vender, emprestar e alugar. Eu estava batendo papo com amigos e somamos mais ou menos 41 pré-candidatos”, disse o senador, assegurando que o DEM entrará na briga após conversar com os partidos aliados.

“Mas nada disso interessa. O Democratas tem estrutura para ter uma candidatura própria. Nós fomos eleitos em uma coligação, em um arco de aliança. Então precisamos sentar, discutir, conversar de forma madura qual o melhor caminho tomar. Agora,  o partido se encontra habilitado para disputar e vamos escolher no momento oportuno quem será o candidato”, afirmou.

Questionado sobre a possibilidade de o DEM ter dois representantes mato-grossenses no Senado, o parlamentar foi além e especulou que mais do que dois correligionários, o partido pode ter duas pessoas da mesma família na casa de leis, em referência a seu irmão mais velho, Júlio Campos, que já se mostrou disposto a entrar na disputa.

“Não será algo histórico, pois já vi casos de dois irmãos senadores. Lá no Estado do Paraná teve o Osmar Dias e o Alvaro Dias. São dois irmãos senadores. Existem outros Estados que também tem dois senadores no mesmo partido. Não tem nada de diferenciado e é normal. Mas se forem dois irmãos, então é melhor ainda”, finalizou.

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE), desembargador Gilberto Giraldelli, já explicou que existem datas pré-definidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que não tem chance da disputa suplementar ser feita antes do mês de março de 2020.

O Pleno do TSE, por maioria, acatou decisão do TRE e manteve a cassação da senadora Selma Arruda em sessão do dia 10 de dezembro, declarando-a inelegível por oito anos.

O TSE constatou que Arruda omitiu fundos à Justiça Eleitoral, que foram aplicados, inclusive, no pagamento de despesas de campanha em período pré-eleitoral. Esses valores representariam 72% do montante arrecadado pela então candidata, o que caracterizaria o abuso do poder econômico e o uso de caixa dois.

Entre as irregularidades apontadas, o TRE destacou que a senadora eleita teria antecipado a corrida eleitoral ao realizar nítidas despesas de campanha, como a contratação de empresas de pesquisa e de marketing em período de pré-campanha eleitoral, o que a legislação proíbe.
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